O governo federal abriu uma licitação para compra de pouco mais de 330 milhões de seringas e agulhas que devem ser utilizadas na vacinação contra a Covid-19.
O edital do pregão eletrônico foi publicado no Diário Oficial da União. A licitação impõe que as propostas dos fornecedores sejam entregues a partir desta quarta (16) e serão abertas no dia 29 de dezembro, às 9h.
Reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostra que o gabinete do general Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, ignora há quase seis meses um pedido para que se manifeste sobre o interesse público na importação de seringas descartáveis da China.
Segundo a publicação, o Ministério da Economia enviou um ofício ao secretário-executivo da pasta de Pazuello, Élcio Franco, em 23 de junho. Permanecia sem resposta até a noite desta terça-feira (15).
O plano nacional entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal) no sábado (12) cita a compra de 300 milhões de seringas e agulhas. O custo é de R$ 62 milhões, mas não especifica quando, como e de quem adquirirá o material.
A indústria nacional diz ter dificuldades para fabricar o produto em tempo hábil diante da necessidade urgente de vacinação e dos atrasos do governo. Já falta seringa no mercado internacional, com a corrida de diversos países para vacinar sua população.
O país vive um momento de impasse em relação à vacinação contra a Covid-19. Até agora, não se sabe quando o governo Jair Bolsonaro (sem partido) dará início a um plano de imunização.
De acordo com a reportagem, um dos problemas é o fato de ainda estar em aberto um processo de compra de seringas e agulhas pelo Ministério da Saúde.