Greve na educação: governo oferece reajustes de 13% a 31% para professores até 2026

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O governo fez, nesta quarta-feira (15), uma nova proposta de reajuste para os professores de universidades e colégios federais. De acordo com Gustavo Seferian, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), os representantes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos afirmaram durante a reunião que essa é a última oferta.

A proposta atual prevê diferentes níveis de reajuste para a categoria. Os que ganham mais receberiam um aumento de 13,6% até 2026. Os que ganham menos, de 31,2%, até o fim do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. No entanto, nenhuma parte desse reajuste viria em 2024, o que desagrada os professores.

O comando de greve do Andes vai se reunir nesta tarde para discutir o texto. Depois disso, novas rodadas de assembleias vão ocorrer e a resposta será dada até o dia 27 desse mês.

Na próxima terça-feira, o governo terá um encontro para tratar da greve dos técnicos-administrativos da rede. De acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), profissionais de mais de 50 universidades e colégios federais aderiram à paralisação (veja abaixo a lista completa).

No dia 19 de abril, o governo federal apresentou uma proposta idêntica aos dois sindicatos: 9% em janeiro de 2025 e mais 3,5% em maio de 2026. A reivindicação dos técnicos administrativos é de 37% de reajuste em três anos. O impacto dessa medida é de R$ 8 bilhões. Já o dos professores é de 22%, ainda sem impacto divulgado. Nos dois casos, com aumentos já em 2024.

No último dia 26, tanto os professores, quanto os técnicos-administrativos federais negaram a proposta do governo de reajuste.

Na semana passada, o Ministério da Educação anunciou em suas redes sociais que o ministro Camilo Santana se reuniu com a ministra Esther Dweck, da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, para “debater as carreiras de docentes e técnicos administrativos em educação das universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia”.

De acordo com o texto, foi debatida “a construção de uma nova proposta, juntamente aos secretários e equipe técnica das duas pastas, para valorizar os servidores da Educação e avançar na negociação”.

Confira a lista de universidades que aderiram à paralisação:

Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB)
Universidade Federal do Ceará (UFC)
Universidade Federal do Cariri (UFCA)
Universidade de Brasília (UnB)
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Universidade Federal de Viçosa (UFV)
Universidade Federal do Espírito Santo (UFES)
Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Universidade Federal do Pará (UFPA)
Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)
Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Universidade Federal de Roraima (UFRR)
Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ)
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Universidade Federal de Catalão (UFCAT)
Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB)
Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
Universidade Federal de Tocantins (UFT)
Univerisidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
Universidade Federal Fluminense (UFF)
Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE)
Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Universidade Federal da Bahia (UFBA)
Universidade Federal do ABC (UFABC)
Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
Universidade Federal de Campina Grande – Campus Cajazeiras (UFCG-Cajazeiras)
Unversidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)
Universidade Federal do Acre (UFAC)
Universidade Federal de Lavras (UFLA)
Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR)
Universidade Federal de Goiás (UFG)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Universidade Federal do Amapá (UFAP)
Universidade Federal do Sergipe (UFS)
Instituto Federal do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) – Campus Pouso Alegre,Campus Poços de Caldas e Campus Passos
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)
Instituto Federal do Piauí (IFPI)
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste-MG (IF Sudeste-MG) — Campus Juiz de Fora, Campus Santos Dumont e Campus Muriaé
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Riograndense (IFSul) — Campus Visconde da Graça
Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG)
Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ) SINDUFAP