Representantes do grupo “Univasf com Bônus” estiveram no programa Nossa Voz desta quarta-feira (25) para falar sobre a campanha em prol da bonificação voltada para estudantes sertanejos que ingressarem na Univasf. O grupo, formado por alunos, pais e mães de alunos de escolas privadas e públicas e representantes de instituições têm ganhado cada vez mais força nesta luta e irá realizar uma live na noite de hoje para tirar dúvidas e discutir mais sobre o tema.
“Temos interesse de viaiblizar esse projeto o mais breve possível, inclusive dentro do nosso Estado a UPE e a UFPE já aderiram à bonificação no vestibular de 2021, portanto, nada mais justo que a Univasf, através do Conselho Universitário (CONUNI) também aprove”, defendeu Arlan Brandão, pai de um aluno da Univasf.
De acordo com a Ieda Minussi, mãe de uma aluna de escola privada, diversas instituições , em sua maioria de ensino, estão apoiando o movimento. “São muitas as instituições, como a União dos Estudantes Secundaristas de Petrolina, Gerência Regional de Educação, Escola Antônio Cavalcanti Filho, em Afrânio, Colégio Dom Bosco, Nossa Senhora Auxiliadora, Plenus, as Escolas de Referência em Ensino Médio (Erems) ,enfim, todos unidos pela causa, uma vez que lutamos pelo bônus para 345 municípios que abrangem os estados de Pernambuco, Bahia, Piauí, Alagoas e Sergipe que estão dentro da mesorregião da Univasf”, explica.
A estudante Bruna Carvalho destacou que atualmente grande parte dos cursos da Univasf são voltados para estudantes de outras regiões, sobretudo Psicologia, Medicina Veterinária, Medicina e as Engenharias. “Em Medicina, por exemplo, o último ingresso não chegou a ser nem 15% do total de vagas preenchidas por pessoas da região, o que é um número muito pequeno, demonstrando a necessidade desta política de bonificação. Há uma grande discrepância, por exemplo, enquanto na UFPE a nota de corte do SISU para entrada em medicina foi de 763, aqui, na Univasf foi de 793, 30 pontos a mais, portanto, os cursos precisam consertar estas diferenças”, pontua Bruna.
Bruna explicou ainda a diferença entre o bônus e o sistema de cotas. “É preciso explicar que a política de bonificação é diferente de cotas. O bônus é um acréscimo à nota. Ou seja, todo estudante sertanejo, que tenha concluído o Ensino Médio em uma das 9 regiões que a Univasf atua terá 15% em cima da sua nota final. A luta por esta política é independente se o aluno veio de escola pública ou privada. Todos terão direito”, esclarece a aluna.
Cleidiane Nunes, mãe de uma aluna de escola pública finalizou destacando que o bônus sertanejo favorece o desenvolvimento regional. – Queremos deixar claro que a Universidade tem função social de fomentar o desenvolvimento regional, quanto maior o número de estudantes formados em uma região, maior o número de profissionais atuando na área. Com isso, aumenta qualidade de vida dos que aqui residem. A maioria das universidades públicas já aderiram a essa bonificação, resguardando sua população local”, diz.
O grupo “Univasf com Bônus” realizará uma Live na noite desta quarta-feira (25) para discutir detalhadamente sobre a política de bonificação defendida por eles. Será a partir das 19h no canal do Youtube do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora.
