O Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, José Guilherme Leal, esteve no Sertão de Pernambuco, entre os dias 03 e 04 de fevereiro, para participar de uma série de eventos coordenados pelo presidente da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho. Em entrevista ao Programa Nossa Voz desta segunda-feira (07), o presidente da Abrafrutas falou sobre os frutos desta visita.
Um dos principais acertos da parceria é tentar a isenção de taxas cobradas na exportações de uvas para Europa. “Esse acordo já foi feito, mas está numa fase de tradução para diversas línguas, são mais de 30 países envolvidos, bem como a parte jurídica. Esse acordo é muito positivo para a fruticultura do Brasil. Só para se ter ideia, pagamos 8 a 14% em impostos, diferente de outros países como Chile, Peru e África do Sul, que não pagam nada”, contou Guilherme Coelho.
Outro convênio importante que o presidente da Abrafrutas discutiu com o ministro foi sobre a abertura do mercado chinês para a exportação de uvas. “Conversamos para dar uma força na abertura do mercado da China para a uva, estamos mexendo com isso há quase dois anos, mas ele pode nos ajudar bastante. Estarei neste final de mês em Brasília, irei visitar o embaixador da China, para a gente trazer uma boa notícia ainda este ano”, explicou.
A visita do ministro já está rendendo parcerias, Guilherme Coelho foi convidado para participar de um encontro internacional entre autoridades e empresários na Rússia. O evento acontecerá nos dias 15 e 16 de fevereiro.
Para o presidente da Abrafrutas a conferência econômica abrirá portas para a fruticultura da região. “Isso significa que a pauta da fruticultura está dentro das negociações com a Rússia, como a da carne, do frango e do milho. Isso mostra que o governo está interessado em promover a agricultura”, disse.
Entre suas prioridades no encontro será discutir os preços do adubo, já que a Rússia é a principal exportadora mundial. “As fontes de adubo do mundo estão na Rússia e os preços dispararam recentemente, então vamos lá para conversar com os russos e ter um entendimento dos preços […] vamos ajudar a agricultura familiar e os assentamentos para melhorar a produção com custos menores”, explicou Guilherme Coelho.
