Guilherme Coelho ressalta pluralidade da chapa de Lóssio: “Petrolina foi construída pelo sobrenome de cada cidadão que mora aqui” 

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Entre os compromissos assumidos com a agricultura e o desenvolvimento regional ou um projeto de poder, Guilherme Coelho optou pela primeira escolha. Em entrevista ao programa “Nossa Voz”  desta segunda-feira (05), o presidente da Abrafrutas explicou os motivos que o levaram a desistir de compor a chapa de Júlio Lóssio (PSDB) como vice-prefeito na disputa pela prefeitura de Petrolina. Além de citar seus compromissos com a fruticultura, ele detalhou as questões de saúde que impediram de estar presente em Petrolina na homologação da chapa, que contou com sua indicação do vereador Elismar Gonçalves na vice. 

Coelho revelou que recentemente passou por uma cirurgia no quadril, a mesma realizada pelo presidente Lula, o que exigiu um período de recuperação em São Paulo. Apesar de já ter iniciado a fisioterapia, ele repassou as prescrições médicas que ainda o restringem de viajar. “Eu tinha um problema no quadril, uma artrose no fêmur com a bacia, que vinha me incomodando muito. Desde março, me organizei para fazer essa cirurgia. Inclusive, o Presidente da República fez recentemente esse procedimento, com o mesmo médico que me operou. Graças a Deus, estou me recuperando bem. Já comecei a fisioterapia, inicialmente andando com um andador, depois com muletas, e hoje já estou só com uma muleta. Me sinto muito bem e animado. Eu vi o presidente correndo e estou doido para correr de novo, algo que não faço há muito tempo”, planejou. 

Voltando a falar sobre declinação da vice, Guilherme Coelho mencionou sua dedicação à fruticultura e a necessidade de continuar trabalhando em projetos que beneficiem o setor, como a abertura do mercado de uvas para a China e a melhoria da logística de exportação. “Tenho compromissos que considero prioritários na minha vida e que pesaram muito na minha decisão. Por exemplo, venho lutando há quatro anos pela abertura do mercado de uva para a China, algo que depende muito de mim. Fui à China três vezes no último ano. A abertura desse mercado é um avanço enorme para Petrolina, pois a China demanda uma quantidade significativa de uvas, o que pode beneficiar muito nossa região. Além disso, estamos trabalhando para melhorar a logística de exportação de frutas através do Porto de Suape.”

Ele também abordou a escassez de mão de obra na região e os esforços para permitir que beneficiários do Bolsa Família possam trabalhar na fruticultura sem perder o benefício.

Sobre o cenário eleitoral que se descortina com a realização das convenções partidárias, Guilherme Coelho criticou as chapas adversárias, destacando a falta de experiência de alguns candidatos e a importância de uma campanha baseada em propostas e cuidado com as pessoas. “Acho que acertamos na escolha dos candidatos. Julio Lossio e Elismar são pessoas com experiência e história de sucesso. Há chapas que nunca foram votadas e que não têm essa experiência. Nossa campanha será baseada em propostas e no cuidado com as pessoas. Não faremos obras mal feitas nem desperdiçaremos dinheiro, seguindo o exemplo de durabilidade das obras de Osvaldo Coelho. Temos um momento importante pela frente, uma eleição democrática, onde é preciso levar mensagens e propostas, ouvindo sempre a população.”

Por fim, ele falou sobre a ausência de Coelho na chapa de Lóssio e fez uma análise cirúrgica sobre o que sua família representa para Petrolina e sobre a necessidade de respeitar cada cidadão que contribuiu para o desenvolvimento da cidade, independentemente de sobrenome. 

“Essa cidade não foi construída só pela família Coelho; foi construída por cada sobrenome de cada cidadão que mora aqui. Não pode haver diferenciação, Petrolina é de todos. Eu agradeço bastante por todas as oportunidades que a cidade me deu, mas essa ela precisa dar oportunidade a todos. Não é só uma família, não é o pai, o filho, ou o outro filho, ou o filho, porque assim é que é bom e é o certo. Não, tem as outras pessoas também, não pode ser só dentro de um núcleo familiar, ninguém tem vez, só tem vez aquele pai e aqueles três ou quatro filhos? E o resto das pessoas, ninguém presta? Então não pode ser assim”.