Guilherme Coelho ressalta urgência em melhorar imagem do Brasil no exterior e otimismo sobre exportações

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(Foto: Arquivo NV)

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Guilherme Coelho, demostrou estar animado com reconhecimento feito pelo presidente, Jair Bolsonaro. Numa live transmitida ontem o gestor destacou a importância do agronegócio para a economia brasileira. Em entrevista ao Nossa Voz desta sexta-feira (03), Coelho, falou sobre as perspectivas para o setor, a previsão pra as exportações no Vale do São Francisco. Além disso, reforçou a urgência na melhoria da imagem do Brasil no exterior.

“Muito feliz com a fala do presidente da república, onde ele de livre e espontânea vontade fala sobre o presidente da república, fala de Petrolina e fala das nossas lideranças como o senador, Fernando Bezerra Coelho, e o prefeito, Miguel Coelho. Estou à frente da Abrafrutas há mais ou menos 90 dias. O que é que nos incomoda mais hoje e em que estamos atuando mais fortemente? Na imagem do Brasil no exterior em relação a chamada Amazônia”, revelou.

Para Guilherme Coelho, muitas informações inverídicas foram propagadas, o que pode atrapalhar o escoamento da produção para outros países. “O Brasil não está com uma boa imagem no exterior. Eu não quero entrar aqui no mérito das informações, mas, para alguns órgãos de imprensa, ONGs, enfim, é como se a gente estivesse queimando tudo, acabando com tudo, tacando fogo em tudo, o que não é verdade. Mas isso tem tomado uma proporção lá fora e nós estamos atentos. Precisamos que governo brasileiro tome uma atitude. Precisamos dizer a verdade. Não aceitar que essa seja a verdade, porque ela não é”, reafirmou.

Soluções

Visando reverter esse quadro, o presidente da Abrafrutas promoveu recentemente duas reuniões virtuais com representantes da gestão federa. Nas transmissões foram debatidas soluções para melhorar a imagem brasileira no exterior.

“Eu promovi duas lives com duas personalidades importantes dessa área do agronegócio. A primeira foi com o ministro do meio ambiente, Ricardo Sales. Uma pessoa que já conheço de algum tempo e ele de pronto atendimento a um telefonema meu, marcou e fizemos uma live com todos os associados da Abrafrutas, onde demonstrei para ele, toda a minha insatisfação. Depois fizemos uma live com a ministra da Agricultura, também muito gentil, foi minha colega de Câmara, na frente agropecuária, na Comissão de Agricultura, ela é deputada federal, muito atuante, onde passamos também essa nossa preocupação”.

Dias depois, Guilherme Coelho se deparou com os primeiros passos dados para mitigar a questão. “Com muito gosto ouvi essa semana através da mídia de que o Brasil está se organizando através do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Agricultura, para dizer ao mundo a verdade. Através de mídias sociais, palestras, números, dados. Porque a gente começa a ouvir as coisas, porque no fundo tal dizem que se o Brasil continuar tocando fogo na Amazônia não vai mais investir, que o supermercado tal, se continuar desse jeito não vai… Não é bem assim. Esse pessoal não pode querer mandar no nosso país”.

Cenário local

Integrante do setor que não parou, mesmo em meio a pandemia, o presidente da Abrafrutas ressalta as ações adotadas no cuidado com os trabalhadores. “Aqui no Vale do São Francisco, a gente continua com tudo dentro de uma normalidade. Graças a Deus e eu queria agora fazer um elogio aos empresários, colonos, pequenos produtores, amigos da agricultura familiar, que tem em primeiro lugar, tratado da saúde dos colaboradores, dos trabalhadores rurais”.

Dentre as medidas adotadas estão a sanitização dos transportes, distanciamento social, aferição de temperatura, distribuição de máscaras, áreas para desinfecção. “Isso é o maior patrimônio nosso. Se a gente conseguir continuar cuidando dos nossos trabalhadores, nós vamos embora”, exaltou.

Exportações

Apesar da pandemia, Guilherme Coelho explica que a comercialização das frutas produzidas no Vale do São Francisco segue um bom fluxo. “As exportações continuam dentro da normalidade. O primeiro semestre não é o nosso forte, o segundo semestre começa agora em agosto com a manga para os Estados Unidos. Depois com uva na Europa, Russia e Japão. Depois da manga, vem a uva para os EUA e para a Europa fortemente. O nosso mercado interno continua forte, vendedor. Continuam os Ceasas e os supermercados compradores, pagadores dos seus compromissos. Então, essas coisas estão dentro de uma normalidade”, revelou apontando que o único impacto foi a exportação aérea de manga. “O que parou foi a manga aérea, porque, principalmente a manga é exportada nos porões dos aviões de passageiros. Mas já estão voltando”, revelou.