A fumaça branca que anunciou ao mundo a eleição do novo Papa foi expelida da chaminé da Capela Sistina nesta quinta-feira (8), marcando o fim do conclave e o início do pontificado de Leão XIV, nome escolhido pelo cardeal norte-americano Robert Francis Prevost. A eleição ocorreu no segundo dia de votações, com o novo pontífice recebendo ao menos 89 dos 133 votos – número suficiente para alcançar os dois terços exigidos.
Leão XIV sucede o Papa Francisco na liderança da Igreja Católica. Natural dos Estados Unidos, Prevost tem vasta experiência missionária na América Latina, especialmente no Peru, onde atuou como bispo. Antes da eleição, ocupava o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos, órgão do Vaticano responsável por assessorar o Papa na escolha de novos bispos em todo o mundo. Ele também foi superior geral da Ordem de Santo Agostinho, evidenciando sua ligação com tradições religiosas antigas da Igreja.
Para o bispo de Petrolina, Dom Antônio Cruz, a escolha representa um novo momento de esperança para a Igreja. “A eleição do Papa Leão XIV nos enche de confiança. Trata-se de um homem com experiência pastoral concreta, especialmente junto aos mais pobres e marginalizados. Sua trajetória revela fidelidade ao Evangelho e profundo amor pela missão da Igreja”, afirmou.
O bispo Dom Antônio Cruz também comentou a escolha, destacando a continuidade em relação ao pontificado anterior. “Ele era um homem de confiança do Papa Francisco. Isso nos dá um caráter de continuidade”, disse. Dom Antônio Cruz ressaltou ainda o conteúdo das primeiras palavras do novo Papa, que mencionaram “uma igreja aberta, missionária e que cria pontes”.
A escolha do nome Leão XIV remete ao Papa Leão XIII, que inaugurou a doutrina social da Igreja com a encíclica Rerum Novarum, em 1891, abordando questões sociais num contexto de transformações políticas e econômicas do século XIX. Segundo Dom Antônio, essa referência histórica sinaliza o compromisso de Leão XIV com os desafios contemporâneos. “Num mundo marcado por conflitos e líderes que promovem a guerra, a Igreja deve, por causa de Cristo, ser sempre promotora da paz”, afirmou.