Um levantamento divulgado nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indica que depois de dois anos em uma trajetória de queda, o rendimento real habitual do trabalho (remuneração recebida mensalmente, sem acréscimos extraordinários ou descontos esporádicos) voltou a registrar crescimento no trimestre encerrado em julho.
A renda subiu 2,9% em relação ao trimestre anterior – de fevereiro a abril –, chegando a R$ 2.693.
O indicador contempla apenas os ganhos com o trabalho, e não leva em consideração outras fontes, como benefícios sociais.
De acordo com o IBGE, o aumento é resultado do rendimento dos empregadores (6,1%, ou mais R$ 369), dos militares e funcionários públicos estatutários (3,8%, ou mais R$ 176) e dos trabalhadores por conta própria (3%, ou mais R$ 63).
Setores beneficiados
Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,2%, ou mais R$ 70) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,1%, ou mais R$ 78) são os setores profissionais que tiveram um aumento do rendimento médio real habitual. Os demais grupos não apresentaram variação significativa.
Apesar do avanço, os dados da renda ainda demonstram fragilidade na comparação com outros períodos da série histórica. O novo valor é o segundo menor da série histórica para o trimestre encerrado em julho, superando apenas o verificado em igual período de 2012 (R$ 2.685). (Foto: Reprodução)