Somente três redes estaduais do país atingiram a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no ensino médio, a etapa mais desafiadora do país. Nessa lista, estão Pernambuco, Goiás e Piauí.
Outros estados, como Espírito Santo, Paraná, Ceará e Pará, têm notas até maiores do que o Piauí. No entanto, não bateram a meta estabelecida em 2007 para eles.
Já Rio e São Paulo tiveram desempenho muito abaixo do esperado. O estado governado por Cláudio Castro voltou para a penúltima posição do país, o que aconteceu em 2011.
A meta de 2021 era de 4,6 e o RJ atingiu 3,3, valor previsto para 2013 e que deveria ter sido superado desde o 2015.
Já São Paulo ficou com 4,2, a 9ª maior nota do país, mas longe da meta de 5,1 e ainda viu um recuo dos patamares pré-pandemia. Em 2019, o estado tirou 4,3. O estado do governador Tarcísio de Freitas tinha o desafio de atingir 4,2 em 2015.
O Ideb varia numa escala de 0 a 10. O índice é calculado a cada dois anos e utiliza duas variáveis: as notas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a quantidade de alunos aprovados.
Em conjunto, as redes estaduais brasileiras tiraram nota 4,1. A meta era 4,9.
A principal estratégia do país para melhorar o ensino médio é a reformulação do modelo. Em 2017, o governo do presidente Michel Temer aprovou uma reforma implementada a partir de 2022.
Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou mudanças neste modelo após diversas críticas.
O Novo Ensino Médio, no entanto, ainda não teve impacto nos resultados do Ideb, anunciados nesta quarta-feira (14), na maior parte dos estados.
O indicador avalia apenas os alunos do 3º ano do ensino médio e apenas São Paulo implementou o novo modelo em toda a rede em 2021.
Fonte: Folha de Pernambuco