A queda é um evento bastante comum e por vezes devastador na vida de idosos. Além dos problemas médicos, ela apresenta um custo social, econômico e psicológico tanto para quem sofre o incidente doméstico, quanto para os familiares.
Uma pesquisa do Ministério da Saúde [veja aqui], estima que há uma queda para um em cada três indivíduos, com mais de 65 anos e que um em cada vinte daqueles que sofreram um tombo sofram uma fratura ou necessitem de internação. Dentre os mais idosos com 80 anos ou mais, 40% cai a cada ano.
Ao programa Nossa Voz desta quinta-feira (18), a moradora do bairro Cohab Velha, em Casa Nova (BA), Risalva Almeida dos Santos, fez uma denúncia sobre o que apontou como descaso e falta de respeito, relatando a problemas no atendimento à sua mãe, Margarida Maria de Almeida dos Santos.
“Há exatos 22 dias minha mãe caiu. Ela tem 87 anos de idade, ficou internada por três dias em Casa Nova e foi levada para casa ainda com dores pelo corpo. Disseram que ela precisa de um raio x e perguntaram se a gente tinha condições para a realização desse exame, mas informamos que não. Após dezesseis dias em casa com minha mãe ainda com dores e medicada, recebemos uma ligação da Secretária de Saúde para a levarmos a Sobradinho (BA). Chegando lá, foi feito o raio x, mas não mostraram o exame nem nada e mandaram minha querida mãe de volta para Casa Nova”, desabafou Risalva.
Em busca de um atendimento de qualidade para a matriarca, a família continua a espera de uma conclusão para o diagnóstico e prescrição de um tratamento. “Quando chegamos mais uma vez em Casa Nova recebemos uma ligação para ir até o hospital da cidade. Lá foi explicado que o caso da minha mãe não é de cirurgia, mas que precisa passar por um ortopedista e que era preciso ir até a Secretaria de Saúde. Ao chegar no local, a atendente nem recebeu a requisição e disse que não tinha ortopedista. Já no hospital, afirmaram que ela não precisa de ortopedia e que o equipamento para a realização do exame está em manutenção. A gente fica de mãos atadas, sem saber de fato o que fazer. Qual a garantia de que minha mãe não quebrou nada, se ela não passou por nenhum médico? Quando vão ajeitar esse equipamento? Sabe quando, nunca”.
A produção do Nossa Voz procurou a Prefeitura de Casa Nova (BA) em busca de um posicionamento sobre o caso. Em resposta, a assessoria informou que está apurando as informações para esclarecimento do fato.
