“Idoso precisa ser ouvido e respeitado”, defendem representantes de instituições na véspera do Dia Internacional da Pessoa Idosa

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Foto: Victoria Resende. Da esquerda para a direita; Cícera Silvani, Luska Portela, Ana Amélia Lemos (Diretora da Grande Rio FM) e Kátia Carvalho

O Dia Internacional da Pessoa Idosa é comemorado neste primeiro de Outubro e, por isso, o Nossa Voz promoveu uma entrevista entre representantes de instituições da cidade que defendem e cuidam da Melhor Idade. Participaram a voluntária da Casa Geriátrica de Petrolina, Luska Portela, a assessora técnica do Transforma Petrolina, Kátia Carvalho e a presidente do Centro de Atenção à Pessoa Idosa de Petrolina, Cícera Silvani.


Kátia destacou o trabalho desenvolvido pelo Transforma Petrolina junto aos idosos. “Nós damos apoio às instituições que atendem este público,  quatro delas estão cadastradas na Plataforma do Transforma. Na pandemia, com a diminuição das doações, estas casas passaram por grandes dificuldades, e nós chegamos junto, fortalecendo as doações e atividades para este público”. 


Outro destaque foi o ‘Vovô Amigo’, um programa de contação de histórias feita por idosos atendidos pelo município às crianças das creches e escolas municipais. “Os idosos passam por oficinas de dança, teatro e música e se apresentam nas escolas. Há um encontro de gerações que é muito importante de ver. Faz o idoso se sentir útil e faz a criança valorizar o idoso. 60 idosos já passaram pelo projeto e já chegamos a 14 mil crianças; Agora o programa vai voltar, já estamos no processo de elaboração de roteiro da história “A Arca de Noé”, explica. 


Com um histórico de vasto trabalho na luta pela valorização do idoso, a ex-vice prefeita e voluntária da Casa Geriátrica de Petrolina, Luska Portela, pontuou que o idoso precisa ser lembrado que existe. “Todos nós, se Deus quiser, iremos envelhecer e é primordial que as pessoas lembrem disso. O idoso precisa ser lembrado, valorizado, ele mesmo precisa sentir que é gente e não um estorvo para a família e comunidade. Ele precisa ser, sobretudo, ouvido. Infelizmente ainda vemos muitos casos de violência contra os idosos, e a pandemia aumentou ainda mais. É muito triste ver um idoso ser institucionalizado tendo família. A família precisa perceber que esta pessoa é de sua responsabilidade, e preciso de carinho, cuidado e acolhimento”, defende. 


Cícera Silvani aproveitou o espaço para explicar sobre o funcionamento do CAPI e informar como os idosos podem ter acesso aos serviços. “O CAPI gerencia os três centros de convivência do Idoso da cidade. Nestes locais, os idosos possuem um atendimento especializado, com psicólogo, fisioterapia, nutricionista, assistente social e oficinas diversas. Com a pandemia, reduzimos nossos atendimentos, mas continuamos com o contato com nossos idosos por telefone, para que eles não se sentissem sozinhos, além de confeccionar também a carteira interestadual do idoso. Quem ainda não for cadastrado, pode ir até o CAPI ou ao CCI mais próximo se cadastrar”, explica. 

A diretora do CAPI destacou ainda que o mês de Outubro terá início amanhã com um café da manhã para os idosos e durante todo o mês haverá uma programação diversificada voltada ao público.