Laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que a morte de um voluntário dos testes da vacina Coronavac não tem relação com a vacina. A informação foi antecipada pela TV Cultura, nesta terça-feira (10).
Os testes da vacina, produzida em parceria entre a farmacêutica chinesa Sinovac e o Instituto Butantan, foram interrompidos, nessa segunda-feira (9), pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) por causa da morte do voluntário. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) celebrou a pausa nos testes, no que chamou de “vitória” pessoal sobre o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).
“O que os médicos não podem dizer em nome da ética médica mas nós, jornalistas, devemos dizer em nome do interesse público e do combate às informações falsas é o seguinte: o evento adverso, que como explicado na coletiva de imprensa [do Instituto Butantan], é uma forma da literatura médica se referir a acontecimentos não relacionados ao que está em testes, não tem necessariamente relação com a vacina, diz respeito a um voluntário que tirou a própria vida”, afirmou o âncora do Jornal da Tarde, Aldo Quiroga.
O diretor do Butantan, Dimas Covas, em entrevista coletiva de imprensa nesta terça, ressaltou novamente que a Coronavac é segura e reiterou que a morte do voluntário não está relacionada ao imunizante.
“Nós estamos tratando aqui de um evento adverso grave que não tem relação com a vacina. Essa informação está disponível à Anvisa desde o dia 6, quando foi notificado o evento adverso grave”, afirmou.