O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) informou nesta terça-feira, 2, que apesar da falência da gráfica contratada para imprimir Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o cronograma da prova será mantido. A instituição afirmou que as provas serão realizadas nos dias 3 e 10 de novembro, seguindo o que foi publicado no edital.
“Em relação à falência da gráfica contratada para a diagramação e impressão dos cadernos de prova da edição deste ano do Enem, existem alternativas seguras sendo avaliadas”, informou o Inep, em nota.
As inscrições para participar do exame vão ocorrer entre os dias 6 e 17 de maio. O prazo para solicitar isenção da taxa de inscrição para o Enem 2019 e para justificar ausência na edição anterior ficará aberto até 10 de abril.
Nesta segunda-feira, dia 1º de abril, a RR Donnelley, multinacional responsável pelo exame desde 2009, informou que “precisou encerrar suas operações no Brasil” por causa das “atuais condições de mercado”. A notícia gerou apreensão entre especialistas sobre a manutenção do cronograma da prova.
Pedido de falência surpreende
“O mercado editorial perde uma fornecedora confiável em todos os sentidos, em prazo, preço e qualidade”, diz Marcos Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel). “A crise no mercado editorial é verdadeira, mas não me parece justificar uma medida tão extrema como a falência.”
Os funcionários brasileiros também foram pegos de surpresa com a medida. A companhia informou que vai liberar os documentos dos empregados para que possam requerer o saldo do FGTS e o seguro-desemprego.
Vitor Tavares, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL), disse que a entidade recebeu com preocupação a notícia da falência. “É sem dúvida mais um duro golpe na indústria gráfica e editorial do Brasil.”
Na semana passada, a Intrínseca comprou 70 toneladas de papel para imprimir uma de suas apostas para este ano, mas os caminhões encontraram a empresa fechada nesta segunda-feira. Para a Sextante, a gráfica estava entre as três principais fornecedoras, responsável por cerca de 20% de seus livros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. (Via JC)