O novo surto de infecções por coronavírus tem criado um alerta geral na população. Embora não tenha sido confirmado nenhum caso no Brasil, as autoridades sanitárias e o Ministério da Saúde estão atentos e monitorando os casos suspeitos. A Organização Mundial de Saúde declarou, nesta quinta-feira (30), estado de emergência global.
Dentro de tantas notícias, as fake news aparecem aos montes e assustam a população. Por isso, é importante checar as fontes ao ler sobre a epidemia.
O infectologista do IMIP, Luiz Cláudio Arraes, esclarece sobre a origem do vírus, o que é real, o que ainda não se sabe e os sintomas da doença. Até o momento, são 7.818 casos confirmados pelo mundo, sendo 7.736 na China. São mais de 200 mortes devido à infecção.
De acordo com Luiz Cláudio Arraes, o coronavírus não é um vírus novo. Foram identificados desde 1960, em animais e em seres humanos. “O que nós temos agora é uma variante”, afirma o infectologista. Ainda não se sabe ao certo a origem do surto atual, mas acredita-se que a fonte primária do vírus seja em um mercado de frutos do mar e animais vivos em Wuhan.
Alguns coronavírus são capazes de infectar humanos e podem ser transmitidos de pessoa a pessoa pelo ar (secreções aéreas do paciente infectado) ou por contato pessoal com secreções contaminadas. Na maior parte dos casos, a transmissão é limitada e se dá por contato próximo.
Ele se manifesta, principalmente, com sintomas respiratórios, muito parecido com sintomas da gripe. “Pode variar desde casos assintomáticos, casos de infecções de vias aéreas superiores semelhante ao resfriado, até casos graves com pneumonia e insuficiência respiratória aguda, com dificuldade respiratória”, diz o médico. Crianças de pouca idade, idosos e pacientes com baixa imunidade podem apresentar manifestações mais graves.
Não há um medicamento específico para tratar. Indica-se repouso e ingestão de líquidos, além de medidas para aliviar os sintomas, como analgésicos e antitérmicos. Nos casos de maior gravidade com pneumonia e insuficiência respiratória, suplemento de oxigênio e mesmo ventilação mecânica podem ser necessários.
Veja como reduzir o risco de infecção pelo novo coronavírus:
• Evitar contato próximo com pessoas com infecções respiratórias agudas;
• Lavar frequentemente as mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente e antes de se alimentar;
• Usar lenço descartável para higiene nasal;
• Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir;
• Evitar tocar nas mucosas dos olhos;
• Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
• Manter os ambientes bem ventilados;
• Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
(Ascom: IMIP Pernambuco, com informações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde).