Em agosto, a inflação para as famílias de renda baixa ou muito baixa cresceu 0,91%, enquanto os preços para as faixas com renda maior variou 0,78%. Os dados constam de levantamento divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). As famílias de renda baixa e média-baixa também são as que apresentam as maiores taxas de inflação (5,9%) no acumulado do ano. No intervalo de 12 meses encerrados em agosto, a taxa para a baixa renda alcançou 10,63% – acima em mais de dois pontos percentuais para a variação nas famílias que ganham mais (8%).
A pressão maior para os que recebem menos resulta da alta de 16,6% dos alimentos no domicílio, de 21,1% da energia elétrica, de 31,7% do botijão de gás e de 5,6% dos medicamentos.
No grupo de alimentação, os aumentos de preços das proteínas animais – especialmente do frango (4,5%) e dos ovos (1,6%) –, da batata (20%), do açúcar (4,6%) e do café (7,6%) explicam a pressão inflacionária.Já em transportes dos reajustes de 2,8% da gasolina e de 4,7% do etanol, combinados com o aumento nos preços dos automóveis novos (1,8%) e dos serviços de aluguel de veículos (6,6%) foram determinantes, mesmo com a queda de 10,7% das passagens aéreas.