Iniciativas no HU-Univasf e Rede Ebserh promovem a preservação do meio ambiente

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O Junho Verde é uma campanha nacional que visa conscientizar a população sobre a importância da conservação dos ecossistemas naturais e de todos os seres vivos, e do controle da poluição e da degradação dos recursos naturais, para as presentes e futuras gerações. A campanha celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho). A data é relevante para a conscientização e realização de ações visando a preservação dos recursos naturais do planeta.

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que administra 45 hospitais universitários federais, além de prestar assistência via Sistema Único de Saúde (SUS) e atuar na formação de profissionais da saúde, promove o desenvolvimento sustentável e a preservação do meio ambiente. São ações que visam a eficiência energética, o uso de energias renováveis, dentre outras iniciativas com foco na proteção ambiental.

Hospitais Saudáveis

O Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) é uma organização não governamental que atua na promoção da sustentabilidade no setor saúde e na defesa da saúde pública e ambiental. Em 2012, o Complexo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR) aderiu ao projeto, alinhando-se à Agenda Global Hospitais Verdes e Saudáveis, com o compromisso de eliminar o uso de mercúrio em seus processos. Termômetros e esfigmomanômetros de mercúrio foram substituídos por equipamentos digitais e aneroides, mais seguros e ambientalmente adequados. O CHC também passou a participar dos desafios propostos pelo PHS, incluindo o Desafio de Resíduos e o Desafio Saúde pelo Clima, reconhecendo o impacto das atividades hospitalares na emissão de gases de efeito estufa (GEE).

Recentemente, o Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), também se tornou membro do PHS e participará dos desafios do projeto. O Hospital foi primeiro no sertão pernambucano a integrar a rede de cooperação, sendo selecionado por desenvolver ações voltadas à sustentabilidade na instituição. Entre essas ações, está o projeto “Saúde em Nossas Mãos”, que resultou na prevenção de dezenas de infecções hospitalares, e a adoção de medidas como a distribuição de canecas reutilizáveis aos colaboradores, visando reduzir os descartáveis.

A partir desta semana, coletores de pilhas e baterias serão distribuídos em pontos estratégicos do Hospital e da Policlínica da Univasf, sendo uma das primeiras etapas do grupo responsável por conduzir a adesão institucional ao PHS, em parceria como Setor de Hotelaria Hospitalar. Desta forma, a comunidade hospitalar poderá evitar a contaminação do solo e da água por metais pesados encontrados nestes componentes.

Universidade Federal de Campina Grande (HUJB-UFCG), foi uma das unidades da rede que ingressou recentemente no MLE. Segundo a chefe do Setor de Infraestrutura Física (SIF), Lorena Lorraine Oliveira Albuquerque, só em março (mês da migração), o Hospital teve uma economia de 21,11% no custo com a aquisição de energia elétrica, correspondendo a cerca de R$ 9,1 mil.

No Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), a migração para essa modalidade está em andamento. “Estamos aguardando a adequação da cabine de medição, a chegada do novo disjuntor e a aprovação pela concessionária do estudo de proteção para instalação do equipamento. Iremos realizar a migração para o MLE entre julho e agosto deste ano”, disse o gerente Administrativo do HU-UFSC, Nélio Francisco Schmitt.

Eficiência energética e a preservação do ambiente

Eficiência energética significa produzir a mesma quantidade de energia com menos recursos naturais. Dessa forma, tem-se um melhor aproveitamento da energia disponibilizada. Entre os benefícios estão a redução dos custos relacionados à energia, a diminuição da poluição global e a otimização dos gastos públicos.

Nesse sentido, algumas iniciativas estão sendo adotadas nas unidades da Rede Ebserh. São ações realizadas no âmbito do Programa de Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que visam, por exemplo, a substituição de lâmpadas fluorescentes por lâmpadas de LED, e de aparelhos de ar-condicionado antigos por modelos mais eficientes e econômicos. No HC-UFMG, mais de 16 mil lâmpadas foram substituídas, resultando em uma economia anual de 622,22 MWh e aproximadamente R$ 400 mil. Além disso, segundo o engenheiro eletricista do Hospital, Jean Lucan, o sistema de climatização do prédio principal está sendo trocado por outro mais eficiente, que permitirá maior economia de energia.

Objetivando também a preservação do meio ambiente, alguns hospitais da Rede estão gerando energia limpa, contribuindo para a reduzir a emissão de gases de efeito estufa como o CO2. No Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr., da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg), foi instalado um sistema de geração e distribuída fotovoltaica com capacidade de 26,45 kWp, composto por 46 módulos solares.

Já no HC-UFMG, uma usina fotovoltaica está em pleno funcionamento no Instituto Jenny de Andrade Faria, anexo do Hospital. A capacidade de geração é de 59,4 kWp, com 104 módulos fotovoltaicos de 575 W. Também já foi aprovado um projeto para outra usina fotovoltaica que será instalada no anexo Bias Fortes/HC-UFMG. “Além dos benefícios ambientais, a geração própria de energia proporciona economia na conta de luz e maior autonomia energética”, destacou Jean Lucan.

Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.