O ex-prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho (PT), anunciou ontem (25) um acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) para resolver o processo por improbidade administrativa que o tornou inelegível. Caso a Justiça homologue o acordo, ele deverá pagar uma multa no valor de R$ 1,2 milhão e recuperar seus direitos políticos para a disputa eleitoral.
Segundo a assessoria do pré-candidato a prefeito, a condenação foi devido ao pagamento de contas de energia elétrica dos mercados municipais durante sua gestão, atribuída como “prática comum entre prefeitos”. Outro entrave que teria influenciado na sua condenação, foi o fato da advogada que defendia Isaac ter um cargo oferecido pela atual prefeita, Suzana Ramos, que teria motivado o abandonou da defesa, fazendo com que Carvalho fosse julgado a revelia. Há previsão de que o novo jurídico de Isaac responsabilize a advogada judicialmente.
Ao aceitar o acordo, o Ministério Público levou em consideração um caso semelhante em Jacobina (BA), envolvendo o pré-candidato Luciano da Locar, influenciada pelo conselho superior do MP, que teve um entendimento distinto da instância local.
A articulação para o acordo também envolveu o senador Jaques Wagner (PT), que busca apoio para Lucas Reis, seu chefe de gabinete, nas eleições de 2026. Isaac teria prometido apoio a Lucas em Juazeiro.
Internamente, no grupo político de oposição quanto à insistência na candidatura de Isaac, cuja inelegibilidade ainda é uma sombra dentro do processo, já que a espera pela publicação do acordo pode durar até 60 dias. Mesmo com outras candidaturas da Federação Brasil da Esperança, como as dos deputados estaduais Zó (PCdoB) e Roberto Carlos (PV), o PT optou por apoiar Isaac, apesar das dificuldades jurídicas conhecidas.
O nome de Isaac Carvalho já foi confirmado como candidato pelo PT, e a convenção da Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV) ocorrerá no dia 5 de agosto.