João Arnaldo diz que PSB beneficia oligarquias e defende que “mudança profunda deve acontecer pela esquerda”

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Apresentando-se como a genuína campanha de esquerda em Pernambuco, o Psol segue com a pré-campanha a governador de João Arnaldo. Nascido em Salgueiro, o advogado de 47 anos busca restabelecer serviços de melhoria de vida da população que hoje, segundo ele, estão sendo negados aos setores mais vulneráveis. 

Ao detalhar sobre a principal motivação do seu possível ingresso na disputa,  ele revela que foi “a situação em que o povo está vivendo no Estado depois  de 16 anos de gestões do PSB, que nós entendemos que se tornou um projeto de continuidade política do que foram essas gestões que tem se repetido no Estado de Pernambuco que só olham para as mesmas famílias, as mesmas oligarquias políticas, que trabalham apenas para os mesmos privilegiados e beneficiados historicamente no Estado e esquece de quem mais precisa da política pública que é o povo”. 

João Arnaldo aponta que os baixos índices de empregabilidade, queda no PIB e IDH, são fatores preocupantes. “Não é à toa que Pernambuco está sendo agora o estado com recorde de desemprego no Brasil, a Região Metropolitana do Recife tem  a população mais pobre do Brasil, com menor PIB, menor IDH e a maior desigualdade social que a gente tem em todas as capitais do Brasil. Temos problemas gravíssimos em relação à saúde, transporte público bastante deficitário e a saúde cada vez mais degradada”, apontou. 

Diante disso, ele reforça ter o conhecimento necessário para mudar essa realidade. “A vida do povo pernambucano tem ficado pior a cada ano num projeto político que na verdade não se diferencia entre si de quem está se colocando para fazer, porque a maior parte das candidaturas de oposição fizeram parte dessa gestão sem questionar nada desse modelo. Nós acreditamos que é necessário fazer uma mudança profunda e ela deve acontecer pela esquerda, por quem acredita e sabe fazer uma gestão pública para atender a quem mais precisa do serviço público que é a população mais carente”. 

Na chapa que se desenha, ainda não há a escolha do vice, entretanto, o nome do Senado já foi consolidado. Trata-se de Eugênia Lima, a quem Arnaldo apontou como uma “liderança importante, uma feminista que tem tido um desempenho bastante brilhante na sua atuação”. Sobre os demais componentes da majoritária, ele detalha que “ainda estamos dialogando com os partidos aliados, a Rede Sustentabilidade que compõe a federação com o Psol e outros partidos do campo da esquerda que não estão fazendo parte dessa coligação liderada pelo PSB, a qual nós entendemos que não representa a defesa de um projeto popular”. 

João Arnaldo foi candidato a vice-prefeito do Recife na chapa com Marília Arraes (SD) em 2020. Eles foram derrotados por João Campos (PSB) e Isabella de Roldão (PDT). Questionado sobre a relação com a ex-companheira de chapa, ele confirma que os dois seguem em projetos separados. 

“Nós temos muito respeito pela deputada Marília Arraes. (…) O Psol tem um projeto muito claro de esquerda, popular, que defende a democracia mas que pretende fazer uma mudança radical na forma como  a política pública tem privilegiado as mesmas famílias políticas, os mesmos amigos do rei,  que são as grandes empresas, que tem dado as cartas na política de Pernambuco. Queremos fazer um outro modelo político e isso é o que representamos com a nossa candidatura. Marília tem buscado o espaço dela na política, tem todas as dificuldades que temos acompanhado pela imprensa, mas não podemos perder a clareza dos projetos que representados”.