Após brilhar nos Jogos Olímpicos de Paris com a segunda melhor campanha da história, o Brasil foca as suas atenções agora para os Jogos Paralímpicos, que começa no dia 28 de agosto.
E antes mesmo de começar a competir, a delegação brasileira já está fazendo história. Na capital francesa, o País terá o seu maior número de participantes da história dos Jogos Paralímpicos.
Ao todo, o Brasil contará com 254 esportistas na competição. Também foram convocados 19 atletas-guia (sendo 18 do atletismo e 1 do triatlo), três calheiros da bocha, dois goleiros do futebol de cegos e um timoneiro do remo, totalizando 279 competidores na capital francesa.
O número supera a delegação dos Jogos de Tóquio, em 2021, que contou 259 convocados, e o recorde anteior, no Rio, em 2016, quando o País teve 278 competidores em 22 modalidades.
Esta edição dos jogos também contará com a maior participação feminina da história do Brasil. Ao todo, dos 254 atletas convocados, 116 são mulheres, o que representa 45,67% da delegação.
A presença feminina também supera o número de mulheres na delegação brasileira no Jogos do Rio. Na ocasião, 102 mulheres participaram das Paralimpíadas.
Jogos Paralímpicos
A ida de todos os atletas convocados do País para os Jogos será realizada de maneira escalonada em 12 datas diferentes. As primeiras seleções do tênis de mesa, remo e vôlei sentado já embarcaram. São 72 pessoas, sendo 46 atletas com deficiência e um timoneiro.
Na quarta-feira (14) é a vez dos competidores de ciclismo e goalball embarcarem para Paris.
Na quinta (15), mais 46 atletas com deficiência, além de comissões técnicas e staffs, da natação, badminton e taekwondo, se deslocam para a Europa.
Ao todo, 22 dos 26 estados do Brasil, além do Distrito Federal, estarão representados na delegação brasileira que vai disputar os Jogos. A maioria dos atletas é nascida no Estado de São Paulo. São 71 dos 254 convocados, ou 28% do total da equipe brasileira que disputará a competição.
Oito atletas pernambucanos estarão nos Jogos Paralímpicos, incluindo o nadador Phelipe Rodrigues, atleta brasileiro com maior número de medalhas – oito pódios – , e os remadores do Sport Erik Lima e Gabriel Mendes.
Potência
Na última semana, o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) lançou campanha com atletas medalhistas que representarão o País nos Jogos a partir de 28 de agosto. A campanha apresenta um manifesto com os atletas paralímpicos: “Mais que vencedores: brasileiros”.
O vídeo da campanha é estrelado pelo nadador mineiro, Gabriel Araújo, a halterofilista paulista Mariana D’Andrea, ambos campeões paralímpicos e mundiais em suas respectivas modalidades, além do velocista paranaense Vinícius Rodrigues e a lançadora baiana Raíssa Machado, ambos medalhistas de prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020.
“Os Jogos Paralímpicos chegaram e nosso intuito é engrossar o coro da torcida brasileira não somente pelos atletas que estarão lá em Paris competindo com nossas cores, mas também aumentar a consciência da população em relação à inclusão por intermédio do esporte”, explicou Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e atual presidente do CPB.
Em Paris, aliás, o Brasil tenta superar a campanha dos Jogos de Tóquio, quando obteve o melhor resultado da história com 72 medalhas ao todo, sendo 22 de ouro, 20 de prata e 30 de bronze.
Fonte: Folha de Pernambuco