Jornalista e escritor Luis Osete vence o 67º Prêmio Jabuti com o livro “Maracujá interrompida”

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O jornalista e escritor Luis Osete foi o vencedor do 67º Prêmio Jabuti, o mais tradicional reconhecimento da literatura brasileira, na categoria Escritor Estreante – Poesia, com o livro “Maracujá interrompida”, publicado pela Editora Cepe. A cerimônia de premiação aconteceu nesta segunda-feira (27), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com apresentação de Marisa Orth e Silvio Guindane.

Natural de Cardeal da Silva (BA) e radicado desde 2005 entre Juazeiro (BA) e Petrolina (PE), Osete é uma das vozes mais sensíveis e inovadoras da nova geração literária do Sertão do São Francisco. Ele circula entre o Rio de Janeiro, onde cursa doutorado em Educação na UERJ e integra o grupo de pesquisa Kékeré, e as margens do Rio São Francisco, cenário e campo de suas investigações com crianças. Osete é formado em Jornalismo pela Uneb e estudou Psicologia na Univasf.

“Maracujá interrompida” é sua estreia na literatura, uma obra que já havia sido premiada com o 8º Prêmio Hermilo Borba Filho de Literatura antes de conquistar o Jabuti.

O livro foi descrito pela curadoria do prêmio como “um longo poema sobre a suspensão e a elaboração do luto materno, em que o eu lírico observa a grande perda refletida na paisagem, travando um diálogo com a ausência presente”.
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O Prêmio Jabuti, organizado pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), é o mais prestigiado do país e reconhece anualmente as obras e autores que mais contribuem para a cultura literária nacional. Além da estatueta do Jabuti, Luis Osete recebeu R$ 5 mil.

Com a conquista, o autor reafirma o potencial literário do Vale do São Francisco, levando a poesia sertaneja e o olhar do interior nordestino para o centro da literatura brasileira contemporânea.