Lançamento do livro sobre José Coelho, é marcado boas memórias e homenagens ao eterno senador

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O centenário do eterno senador, José Coelho, foi celebrado com as boas lembranças de parentes e amigos que foram presenteados com o lançamento do livro “José Coelho, um líder sertanejo”. O evento, realizado na noite de ontem (26), no auditório da Fundação Nilo Coelho. De  autoria de sua filha, Lívia Coelho Paes Barreto, a obra conta a história, não apenas do político aguerrido, mas também do homem de negócios, do folião, do companheirismo com sua esposa, Lívia Cléa e do amigo dos vaqueiros e moradores da zona rural de Petrolina. 

Prova disso, foi a presença de figuras icônicas das comunidades rurais de Petrolina. Neco do Mari, fez questão de usar o seu chapéu de couro e ressaltar a generosidade do amigo “Zé Cuei”, como ele costuma se referir ao amigo. “Ele foi um amigo meu toda a vida. Quando eu adoeci e precisei ir ao médico, ele me deu uma carta. Quando eu cheguei lá [no consultório] e entreguei a carta ao secretário do doutor, a fila tinha mais de 200 pessoas, mas ninguém entrou primeiro do que eu”, contou. 

Segundo seu filho, Luís Eduardo Coelho, a amizade era a principal marca do eterno senador. “Foi através da amizade que Zé Coelho construiu tudo com os irmãos, com os amigos  e com os colaboradores. Construiu as empresas, construiu um império político, construiu uma Califórnia brasileira a partir de Petrolina, projetando a nossa cidade para o mundo inteiro. Foi a amizade que nos trouxe até aqui. Uma cidade que era passagem por Juazeiro e que se transformou neste oásis de prosperidade, mas de muito trabalho”.  

A sobrinha de José Coelho, Patrícia Coelho, relembrou com admiração a trajetória do tio, mas sobretudo o papel fundamental dele na família. “Ele teve uma imensa contribuição cultural, como vereador, como empresário, visionário, político, prefeito e senador. Mas também teve um papel fundamental dentro da família. Ele assume parte, após a morte do pai, da educação dos irmãos. Então, eu achei isso importante e sempre ouvi isso do meu pai. Como dos irmãos mais velhos que era, assumiu a grande responsabilidade junto aos irmãos caçulas e não eram poucos. Então, isso foi uma coisa que marcou todos eles e encaminhou todos eles para seguirem o que o meu avô apregoava esse tempo todo, que era o desenvolvimento dessa região, trabalharem para essa região, trabalharem contra as secas e, finalmente, a agricultura irrigada e todas as inúmeras conquistas de tantos políticos importantes para essa região”. 

O sobrinho, Rafael Coelho, que assumiu a gestão do curtume e do comércio de couro iniciada por José Coelho, relatou que, ao se encontrar com pessoas que conviveram com o senador, elas sempre fazem questão de exaltar suas qualidades. “Porque tio José era uma pessoa casa cheia, acolhia as pessoas, recebia as pessoas. E ele recebia, não só os empresários, mas também os pequenos fornecedores, os vaqueiros, as pessoas que criavam animais, ele tinha essa amplidão. Ele era um homem amplo, largo, grande, acolhia todas as pessoas na sua casa e na sua vida. Tio José era um homem espirituoso, tinha tiradas absolutamente geniais, era muito engraçado, às vezes. Era um homem muito firme, muito sério nos negócios e era também um folião. Então, eu não vou me esquecer nunca dos carnavais de tio José, das charangas e ele cultivava isso com muito carinho e era uma forma dele distribuir a alegria dele pela cidade”, pontuou. 

Presente no prefeito de Petrolina, Simão Durando, trata-se de um momento muito especial, participar do lançamento do livro de José Coelho. “Um homem que foi um grande político, foi um grande apaixonado pela cidade de Petrolina, pelo seu povo, o povo sertanejo, então é um momento da gente se espelhar no passado para que possamos projetar o futuro sempre olhando para esses homens que contribuíram, para a família que contribuiu muito, que foi a família do seu Zé, junto com dona Cléa, com as famílias de Geraldo, Osvaldo, Nilo Coelho, são ,muitos e muitos em que estamos nos espelhando para contemplar isso. Fernando Bezerra, Paulo Coelho, foram as famílias que contribuíram, junto com todas as famílias de Petrolina, para que chegasse esse momento de ter grandes transformações na cidade. Para mim é uma satisfação, enquanto prefeito da cidade, olhar esses bons exemplos e transformar, cada vez mais, numa caminhada do presente, mas com olhar no futuro”.

Para a autora do livro, Lívia Coelho, o sentimento que ficou foi de missão cumprida. “Eu fico muito feliz. Foi uma obra que, a cada passo que eu dava, eu encontrava apoios. Rafael, meu primo, ajudou imensamente, mas também os amigos de papais que ampliaram os seus depoimentos e contaram coisas dele, dos seus relacionamentos, como eu mencionei, José Múcio Monteiro, João Carlos Paes Mendonça. O acolhimento que o livro está tendo, as pessoas vieram, os amigos dele vieram celebrar. Eu acho que cumprimos bem a nossa missão e eu espero que as pessoas que chegaram em Petrolina ou que já começam a esquecer a história da cidade, encontrem também no livro a história de Petrolina, porque no primeiro capítulo eu faço questão de chamar de “Passagem de Juazeiro para Petrolina” e dou como subtítulo uma “Manchester no Brasil, ou, uma Califórnia Brasileira” que foram dois sonhos que se transformaram em realidade”, ressaltou.

O livro “José Coelho, um líder sertanejo”, pode ser adquirido junto a Fundação Nilo Coelho de forma gratuita. A obra também integrará, em breve, o acervo da Biblioteca Municipal.