Com uma demanda maior e a interrupção no fornecimento de países concorrentes, a manga brasileira alcançou bons resultados no quadro geral de exportações. É o que atesta o doutor em Economia, pesquisador da Embrapa no mercado de manga, João Ricardo Lima.
Numa analise direta do primeiro semestre, a comercialização da fruta no exterior gerou lucro de U$$ 53,5 milhões. O montante supera a média histórica que gira em torno de U$$ 49 milhões. “Não foi o melhor ano, tivemos melhores. Mas, foi um volume considerado relevante”, aponta o pesquisador.
A afirmativa se justifica pelo fato de que o volume exportado foi maior que em anos anteriores. De acordo com João Ricardo, de janeiro a junho deste ano, 54 mil toneladas de manga foram vendidas fora do país, o que também está acima da média histórica, que é de 42,9 mil toneladas.
Portanto, “a gente mandou muito mais frutas do que em outros anos e recebeu mais ou menos a mesma coisa, dado os preços que foram menores. E justamente no período de março e abril, quando enviamos as maiores quantidades, foi quando os preços estavam mais baixos”, explicou.
Produtores comemoram
Por outro lado, os produtores não tiveram prejuízos. Ao contrário, até celebraram a manutenção dos valores alcançados. “No primeiro semestre tivemos dois momentos bem diferentes no mercado de manga: entre os meses de março e abril, com preços considerados ruins, muito baixos, e depois com dois preços, em maio e junho ajudando a reduzir os problemas de rentabilidade dos meses anteriores. A demanda, que era a maior dúvida, foi considerada muito boa, principalmente depois de maio, quando países africanos, como a Costa do Marfim, tiveram problemas e saíram mais cedo do mercado. Entretanto, a maior dificuldade ainda é em relação ao transporte aéreo, pelo número reduzido de voos. Do ponto de vista dos produtores, os preços foram excelentes, retirado um pequeno período do mês de março”.
Ligado no Agro
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