No próximo dia 5 de dezembro de 2024, será realizado o lançamento do livro “Terreiro Onyndancor: O Axé na História Negra de Juazeiro/BA”, no Terreiro Ylê Asé Ayrá Onyndancor, localizado na Rua Pingo de Ouro, 588, Quidé – Juazeiro/Bahia, às 18h30 horas.
Esta obra narra a história do terreiro de Candomblé, reconhecido como um dos mais antigos em funcionamento na cidade de Juazeiro/BA e a sua publicação foi possível graças ao apoio da Lei Paulo Gustavo.
Já no dia 3 de dezembro, a comunidade do terreiro oferecerá um café da manhã às 09h30min à imprensa no local (mediante confirmação), com a presença do Babalorixá Edson Rosa e da Yalorixá Edna Rosa. Na oportunidade a equipe produtora do livro compartilhará suas experiências, desde a concepção até a finalização da obra, resultado de um trabalho de cinco anos. A discussão abrangerá as pesquisas desenvolvidas pelo grupo de pesquisa RHECADOS (Hierarquizações Étnico-raciais, Comunicação e Direitos Humanos) – ligado à Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e ao CNPQ, coordenado pelas professoras doutoras Céres Santos E Márcia Guena, tendo como bolsistas os estudantes Brenda Mauricio, Marcus Gomes e Paloma Souza.
Este projeto foi contemplado pelo Edital de Chamamento Público Lei No. PG19/2023 Apoio a Publicação de Livros “e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar no 195, de 8 de julho de 2022.”
Importância do livro para o povo negro
O livro, procura reconstruir a história da criação do terreiro, a partir de relatos orais de familiares e pessoas próximas à comunidade religiosa e contribui para a preservação da história do povo negro e das religiões de matrízes africanas e indígenas. Estas abordagens são vitais para a construção de uma sociedade sem racismo religioso, justa, equitativa e diversificada.
A obra reforça a identidade cultural afro-indígena, considerando que as religiões desses povos são parte integrante da identidade racial e cultural de grande parte da população brasileira. A valorização e preservação da história e da memória dessas religiões são formas de resistência contra o racismo religioso. Ao reconhecer e respeitar essas tradições, a sociedade pode combater estereótipos negativos e garantir o direito constitucional à diversidade religiosa.