O estado de Pernambuco e Maranhão exibiram uma desaceleração significativa do crescimento de infectados pelo novo coronavírus. A diferença de cenário foi atribuída a adoção de lockdown nesses estados. A constatação é de especialistas do Comitê Científico do Consórcio Nordeste.
Os pesquisadores fizeram ponderações sobre as curvas de crescimento de casos e óbitos para os estados nordestinos e suas capitais, e os resultados foram apresentados no boletim divulgado nesta sexta-feira (3).
Lockdown é a versão mais rígida do distanciamento social e quando a recomendação se torna obrigatória, imposta pelo poder público. Significa fechamento total de todas as atividades não essenciais. A medida é a mais rigorosa a ser tomada e serve para desacelerar a propagação do vírus.
O documento do Comitê do Consórcio Nordeste explica que, a nível regional, o número de casos do novo coronavírus continuam a dobrar em todos os estados da região num período entre 10 e 14 dias. Cenário também constatado no boletim anterior.
Apesar do destaque positivo para a situação nos estados que adotaram o lockdown, o Comitê alerta que mesmo neles as curvas ainda não mostram claramente a ocorrência de um pico ou platô.
“Em termos das curvas de óbitos nos estados, o período de duplicação de falecimentos se encontra próximo de 13-15 dias. Nestas curvas, nota-se uma desaceleração considerável nos estados do Maranhão (maior queda), Ceará e Pernambuco”, ressalta trecho do boletim.
Nesse ponto, os especialistas identificaram “quedas leves” na Bahia, em Alagoas, e também na Paraíba. Enquanto no Rio Grade do Norte e Sergipe a taxa de óbitos continua a crescer de forma quase fixa por semanas, com pequenas variações.