O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, juntamente com a equipe de transição, estudaram a possibilidade de dividir o Ministério da Educação (MEC) em duas pastas, uma com foco para o Ensino Básico e outra para o Ensino Superior. Segundo informações dos bastidores, os membros da comissão acreditam que a medida facilitaria a centralização das forças do governo.
Até o momento, dois nomes são os mais cotados para assumir os novos ministérios. A atual governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT), e o deputado federal de Minas Gerais Reginaldo Lopes (PT). O nome da pedetista tem causado divergências dentro da cúpula do PT pelo fato dela não ser filiada ao partido, o que poderia “soar mal”.
De acordo com informações do Estadão, o ex-governador de Ceará, Camilo Santana (PT), chegou a ser convidado para assumir a pasta como uma forma de agradar as alas do PT que são contra a indicação de Izolda. Contudo, Santana estaria interessado em assumir outro ministério, como, por exemplo, o de Desenvolvimento Regional.
O nome de Reginaldo tem agradado mais a cúpula petista. O parlamentar, inclusive, recebeu apoio de associações e pessoas ligadas à área educacional, as quais enviaram uma carta a Lula pedindo pela indicação do deputado.
“O perfil que deve liderar o Ministério da Educação não deve estar vinculado, portanto, aos setores empresariais na educação e, sim, deve ter raiz na defesa da educação pública, habilidade nos diálogos com os amplos setores da sociedade, história de militância na educação e forte compromisso com o programa vitorioso do Presidente Lula”, diz o texto assinado pelo presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE)”.
Também chegou a ser cogitado os nomes da ex-candidata a presidência, Simone Tebet (MDB), e de Ricardo Henrique, mas, ao que tudo indica, já foram descartados para assumir as pastas. (Foto: Reprodução)