(Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu a entender nesta quarta-feira que a ex-presidente Dilma Rousseff não teria nenhum papel efetivo em seu eventual novo governo.
“O tempo passou, tem muita gente nova no pedaço e eu pretendo montar o governo com muita gente nova, muita gente importante e com muita experiência também. A Dilma é uma pessoa pela qual eu tenho o mais profundo respeito e carinho. A Dilma tecnicamente é uma pessoa inatacável, tem uma competência extraordinária. Onde ela na minha opinião erra é na política — disse Lula em entrevista à rádio CBN Vale do Paraíba”.
Para o ex-presidente, Dilma não tem o traquejo nem a paciência que a política exige. “Ela não tem a paciência que a política exige que a gente tenha para conversar, para ouvir as pessoas, para atender as pessoas mesmo quando você não gosta do que as pessoas estão falando. Eu sou daqueles políticos que se o cara estiver contando uma piada que eu já sei, não vou dizer que já sei essa, não, conta outra vez. Tudo bem, se for necessário rir (…). Nisso eu acho efetivamente que cometemos um equívoco pela pressão em cima da Dilma (em 2016)”, ressaltou.
Sobre a eventual chapa com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como vice, Lula afirmou que ela depende da escolha do ex-tucano sobre em qual partido deverá se filiar. Alckmin mantém conversar mais avançadas com o PSB, mas foi convidado, também, pelo PSD de Gilberto Kassab.
Em entrevista à rádio CBN Vale do Paraíba, de São José dos Campos (SP), Lula teceu elogios ao ex-adversário político, a quem chamou de “companheiro”, e afirmou que a eventual aliança seria benéfica tanto para o ex-tucano quanto para o ex-presidente.
“Se a gente vai fazer uma chapa comum depende (…) de eu ser candidato e da filiação do companheiro Alckmin a um partido político adequado que faça aliança com o PT. Espero que o PT compreenda a necessidade de fazer aliança”, afirmou. (Agência O Globo)