Mãe acusa HDM/IMIP de negligência após morte de recém-nascida

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(foto: reprodução)

A moradora da Agrovila 02 no Projeto Fulgêncio, zona rural de Santa Maria da Boa Vista, Rosilene Maria da Silva, procurou o Nossa Voz para relatar problemas que, segundo ela, ocorreram durante sua permanência no Hospital Dom Malan/IMIP, no dia 30 de abril, quando deu entrada para fazer seu parto. A mulher garante que a demora para realizar o parto levou ao falecimento da sua filha recém-nascida.

“Chegando lá, fiz os procedimentos e foi comprovado que a bolsa tinha estourado. Então me colocaram para tomar soro e depois disso, as dores aumentaram. Passei a noite inteira sentindo dores e quando foi de manhã, pedi ajuda a eles. Eles diziam que não podiam fazer nada, que era normal, só de manhã quando a médica fez o exame e percebeu que a menina tinha dado duas paradas cardíacas e ela pediu para fazer a cesárea com urgência. Às 9h da manhã me deram uma injeção e às 11h outra, só após isso foi que fizeram o parto”, relatou Rosilene.

A paciente ainda relatou que a criança nasceu com algumas complicações, o que, segundo ela, teria ocorrido justamente pela demora no parto. “Na hora que começaram a tirar a menina, o médico me perguntou se tinham dado a vacina para amadurecer os pulmões porque tinham crescido muito e a placenta e a menina estavam roxas. Quando colocaram ela em cima de mim, deu pra perceber que ela estava com falta de ar. Aí correram pra fazer o exame e o fígado dela estava crescendo. Depois tiraram ela com urgência para colocar no oxigênio e depois no berçário”.

Depois disso, mais complicações ocorreram e a criança veio a óbito. “Por voltas das 18h, o médico fez uma cirurgia no umbigo dela e saiu muito sangue. E ele falou para não desentubar a menina porque ela poderia morrer. Mas quando foi 23h, a menina desentubou para dar banho. Fizeram ainda transfusão de sangue, mas o sangue da menina era O+ e no hospital não tinha e mesmo assim fizeram e foi aí que ela começou a se tremer jogando as perninhas e os braços. Aí fui me despedir dela”.

A mulher ainda ressaltou que faz todos os exames do Pré-Natal e eles todos estavam normais. “Fiz todos os exames, a ultrassom deu tudo ok e eu não sei por que minha filha morreu assim. Eu acho que seja alguma negligência médica sim, porque ela estava bem, ela mexia normal, não sei explicar”.

A mãe da criança ainda fez um apelo para que o atendimento melhore. “Queria que eles tratassem as mulheres como gente, como ser humano, não como uns animais que ficam lá jogados, como eu fiquei lá jogada sem ter assistência. Que eles sejam humanos e cuidem melhor das nossas grávidas”, concluiu.

O Nossa Voz já está em contato com a assessoria do Hospital Dom Malan/IMIP para que sejam feitos os devidos esclarecimentos sobre o caso.