Cerca de 200 motoristas de aplicativo de Petrolina realizaram, na manhã desta terça-feira (06), um protesto em frente à Prefeitura Municipal contra os critérios adotados pela Autarquia Municipal de Mobilidade (Ammpla) para o cadastramento de motoristas e operadoras de transporte por aplicativos, inciado no último dia 21 de junho.
De acordo com um dos participantes da movimentação,o motorista Paulo Henrique Amorim, esta é só uma das primeiras atitudes que serão tomadas pela categoria, caso a prefeitura municipal não suspenda o cadastramento, considerado abusivo pela classe, uma vez que, operadoras como Uber e 99, utilizada pela grande maioria de motoristas, deixarão de ser permitidas, pois não apresentam o desejo de se cadastrarem junto ao órgão municipal.
“Vamos aguardar três dias para que a prefeitura nos dê um posicionamento, pois, a forma que eles estão exigindo este cadastramento vai deixar muito pai de família impossibilitado de levar o pão de cada dia pra casa. Nós já temos que nos adequar a vários critérios de controle da Uber e da 99, que são empresas em que seus fundadores dizem que não querem ligação com o poder público, pois são um serviço privado. Só queremos que este decreto seja derrubado. Achamos que essa regulamentação é inconstitucional ,só queremos trabalhar. Caso não tenhamos uma resposta, vamos programar um protesto e fechar a Ponte Presidente Dutra”, diz.
Violência
Os motoristas narraram também que um dos manifestantes foram vítimas de violência por parte de representantes da prefeitura. Segundo relatos, um motorista teve o celular quebrado e a boca machucada. Entramos em contato com a Guarda Civil Municipal de Petrolina, que informou que irá enviar resposta após averiguação.
Já a Ammpla encaminhou uma nota enfatizando que não há nenhuma proibição para empresas de transporte por aplicativo ou motoristas atuarem no município. “A autarquia lembra que Petrolina foi a primeira cidade pernambucana a adotar uma legislação para disciplinar esse serviço e, por isso, está realizando um cadastro dos motoristas para adequá-los aos requisitos estabelecidos em lei. A autarquia tem mantido diálogo constante com a categoria, tanto que, o projeto de regulamentação já foi modificado 14 vezes para atender os pedidos da categoria e a regulamentação em nada dificulta o trabalho da classe”, ressalta.
