A maioria da população brasileira tem sentido o impacto dos altos preços durante a pandemia de Covid-19. É o que aponta a pesquisa Exame/Idéia divulgada nesta sexta-feira (2). Entre os entrevistados, 71% responderam que a inflação ou o aumento de preços em 2021 tem sido um grande problema para o dia a dia.
Segundo o estudo, 22% dos entrevistados discordam e concordam com esta afirmação. Aqueles que discordam que a inflação é um problema foram representados por 7% dos entrevistados.
Questionado sobre o aumento de preços, a maioria (86%) dos consumidores diss notar a diferença no valor dos alimentos e bebidas.
Cerca de 79% dos entrevistados afirmaram que sentiram a alta nos combustíveis.
Além desses itens, os entrevistados também responderam sentir alta em outros produtos: energia elétrica (77%), medicamentos (55%), vestuário (25%), internet (20%) e outros (1%).
“Os itens que mais têm afetado a vida das pessoas são alimentos e bebidas. Quando olhamos o segmento de renda média e alta, eles têm sido bastante afetados por esses dois itens e também pelos combustíveis. É interessante notar que, comparada com as pesquisas anteriores, a energia elétrica tem se colocado em uma percepção de aumento de preço bastante relevante para a opinião pública”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA, instituto especializado em opinião pública.
O que mais pesou no bolso 86% das pessoas que ganham entre três e cinco salários disseram que foi a conta de luz81% de quem ganha até um salário disse que foram os alimentos e bebidas85% das classes A e B disseram que foram os combustíveis60% dos que ganham entre um e cinco salários falaram que foram os medicamentos
Mudança no dia a diaQuestionados se precisaram fazer uma mudança no dia dia pela alta da inflação em 2021, a maioria (63%) concordou que precisou fazer alterações no consumo de alimentos.
Nem concordam nem discordam foram representados por 26% dos entrevistados.
Discordaram da afirmação 11% dos entrevistados.
Mesmo cenário Ao serem perguntados se concordavam com a seguinte frase: “eu acredito que os preços devem seguir aumentando nos próximos seis meses”, 52% dos entrevistados concordaram com a afirmação.
Nem concordam nem discordam foram representados por 24% dos entrevistados.
Discordaram da afirmação 24% dos entrevistados.
A pesquisa
A pesquisa foi realizada com 1.248 de pessoas, homens e mulheres, residentes no Brasil com idade igual ou superior a 16 anos em todas as regiões do país.
O estudo tem um grau de confiança igual a 95%, aceitando uma margem de erro máxima prevista de aproximadamente três pontos percentuais, para mais ou para menos.