Na manhã de hoje (27), moradores da comunidade quilombola de Alagadiço e familiares de William Barras pararam a via da Travessa Dr. Edson Ribeiro que dá acesso a subida da ponte em protesto
O motivo deste evento é buscar justiça no caso do assassinato de José William dos Santos Barros, um quilombola, que ocorreu há 30 dias, no dia 27 de agosto, quando ele foi atingido por três tiros nas costas, alegadamente disparados por policiais militares, de acordo com relatos de familiares da vítima.
A Bahia acumula o maior número de assassinatos de quilombolas do país na última década.
De acordo com a associação de moradores da Comunidade do Alaçadiço, William teria sido baleado pelas costas dentro da comunidade pela Polícia Militar.
O caso é apurado pela 1ª Delegacia Territorial de Juazeiro. De acordo com a Polícia Civil, os policiais militares relataram que a vítima era um suspeito, que estava em uma motocicleta e entrou em confronto com os PMs. Ele foi socorrido pelos próprios agentes para um hospital regional, mas não resistiu. Uma arma de fogo foi apreendida na ocorrência.
Depois da morte do quilombola, a Educafro divulgou uma carta aberta ao governo, na qual que pede maior atenção e cobra ações efetivas dor órgãos competentes, em especial, do Ministério Público. O projeto estima que 80% dos casos de crimes contra quilombolas são subnotificados.