Matagal traz insegurança ao bairro Maria Auxiliadora e moradores cobram providências

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Os moradores da Rua Camilo Sá, no bairro Maria Auxiliadora, sentem-se desassistidos pelo poder público municipal. Em entrevista ao Nossa Voz desta quarta-feira (05), Adriana Fernandes e Letícia Lins relatam a verdadeira odisseia vivenciada na busca pela limpeza de um terreno localizado naquele logradouro. Ratos, baratas, cobras e escorpiões trazem problemas constantes na vizinhança. Além disso, o local tem servido como esconderijo para assaltantes e usado como “sanitário público”.

No relato feito à reportagem do NV, Adriana contou que uma das árvores existentes no terreno tombou e interditou a rua por vários dias. Para solucionar o problema, os próprios moradores conseguiram desobstruir a via, amarrando o tronco com um cabo de aço e arrastando de volta para o matagal. Desde o início do ano eles lutam por uma solução junto a Prefeitura de Petrolina, mas nenhuma resposta concreta foi repassada até o momento.

“Em fevereiro, nós fizemos a primeira reclamação formal junto à Prefeitura, também acionamos a ouvidoria e nenhuma medida foi tomada. E ainda temos as tentativas que fizemos em conversas informais com várias pessoas da Prefeitura, com vereadores. Até com o prefeito, informalmente eu falei, por meio do Instagram. E nada foi feito. Nós temos conhecimento que o terreno é privado, mas quem tem o poder de atuação é, de fato, a Prefeitura porque nós não temos acesso aos proprietários, só sabemos, e nem temos certeza de quem são os proprietários. Pelos documentos que a Prefeitura nos forneceu a partir da reclamação que foi feita, essa área está em nome de Júlio Ramos Silva e a gente tem buscado uma solução”, revelou.

A convivência com o matagal ultrapassa os risco de ataque de animais peçonhentos. “Não só pela sujeira, mas hoje o que mais nos deixa aflitos é a segurança pública comprometida. O índice de assaltos aqui na rua tem aumentado significativamente e nós estamos bastante aflitos com essa situação. Sem falar que o mato está a mais de um metro obstruindo a via. Portanto, uma providência precisa ser tomada e eu acredito que quem tem o poder para fazer isso, até porque tem cadastros, tem acesso aos proprietários, é de fato, a Prefeitura”, cobrou Adriana.

De acordo com a moradora Leticia Lins, a Prefeitura de Petrolina abriu os protocolos necessários para cumprimento da legislação municipal, que exige que os proprietários isolem os terrenos sem construções e providenciem a limpeza regular dessas áreas.

Entretanto, ao não conseguir localizar o dono já citado, não houve outra providência adotada. “Eu fiz em fevereiro, eles me mandaram o número do protocolo, e aí desde então, em abril, eles falaram que os terrenos eram privados, que os donos haviam sido notificados só que não tinham sido encontrados. Diante disso, a Prefeitura fez uma citação por edital que tinha validade por 60 dias e isso foi em abril, ou seja, também já expirou o prazo. E a gente continua sem uma resposta, sem uma solução efetiva, sem que nada seja feito para solucionar nosso problema. Além disso, a última resposta que eu tive da Prefeitura foi no dia 18 de abril, através do fiscal de postura Gianini Ribeiro. De lá pra cá eu tenho reiterado a minha preocupação com esse terreno, a forma como ele se encontra hoje  e continuo sem resposta desde 18 de abril”, lamentou.