João de Deus, médium conhecido internacionalmente, foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres, na tarde desta quinta-feira (19). Os abusos ocorreram durante atendimentos espirituais na Casa Dom Inácio de Loyola, em Goiás.
A condenação foi decretada pela juíza Rosângela Rodrigues, da comarca de Abdiânia, município de Goiás. Foi a primeira condenação do médium por esse tipo de crime. Anteriormente, ele já tinha sido condenado por posse ilegal de armas. Ele estava preso preventivamente há um ano.
Denúncia
A condenação de João de Deus veio por denúncia do Ministério Público de Goiás. 11 o número de ações contra o líder espiritual por crimes sexuais. Desta vez, João de Deus é acusado de estuprar quatro mulheres entre 2010 e 2016 e outras sete entre 1976 e 2008 – nestes últimos casos, o crime prescreveu. De acordo com a promotora de Justiça Renata Caroliny, as vítimas eram do Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Bahia.
Nos casos prescritos, as mulheres eram de Pernambuco, Maranhão e Espírito Santo. Ao todo, o médium já foi denunciado por crimes sexual contra 57 pessoas cujos crimes ainda não prescreveram.
Médium negou os crimes
Em seu primeiro depoimento, em julho deste ano, João de Deus negou as acusações e disse que nunca praticou abusos contra mulheres que frequentaram a Casa Dom Inácio Loyola, onde João de Deus atendia pacientes em busca de cura espiritual. O depoimento foi tomado no primeiro processo aberto contra o médium.