Menopausa: Como enfrentar a transição com saúde e qualidade de vida

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Ondas de calor, noites mal dormidas e aquela sensação de esquecimento podem parecer parte da rotina, mas são sinais de uma fase que muitas mulheres enfrentam sem o preparo necessário: a menopausa. No quadro Nossa Voz Saúde de hoje (25), a ginecologista Dra. Suyanne Nogueira trouxe respostas para as dúvidas mais comuns, desvendou mitos e mostrou que é possível transformar esse momento em uma etapa de equilíbrio e bem-estar.

Segundo Dra. Suyanne, os sintomas do climatério, como ondas de calor, irregularidades menstruais, irritabilidade e até a chamada “névoa mental”, podem ser mais intensos do que os da menopausa em si. “Muitas mulheres enfrentam piora na qualidade de vida nessa fase, e o tratamento adequado é fundamental”, ressaltou. Estudos apontam que a idade média para a menopausa no Brasil é de 48 anos, mas alterações hormonais podem começar a partir dos 35.

A reposição hormonal foi destaque na entrevista, com a médica desmistificando temores relacionados ao câncer de mama. “O risco associado à reposição hormonal é muito menor que o da obesidade, que aumenta a gordura abdominal e o risco cardiovascular”, explicou. Dra. Suyanne reforçou que mulheres que entram em menopausa precoce, antes dos 45 anos, devem priorizar a reposição hormonal para reduzir o risco de doenças como osteoporose e problemas cardíacos. Ela também abordou a variedade de opções para o tratamento, como comprimidos, géis e implantes hormonais, enfatizando a necessidade de individualizar as terapias conforme as condições de cada paciente.

Um ponto relevante levantado durante o programa foi a importância do apoio familiar e da atividade física para melhorar a qualidade de vida. “Musculação é a melhor atividade para mulheres na menopausa, ajudando na compactação óssea e no controle do peso”, afirmou Dra. Suyanne, que destacou ainda que o sedentarismo agrava os sintomas e deve ser combatido.

Casos de irregularidade menstrual prolongada também foram comentados, com a médica orientando sobre a necessidade de investigação para descartar problemas como pólipos ou miomas. Em situações extremas, como a menopausa precoce relatada por uma ouvinte aos 38 anos, Dra. Suyanne foi categórica: “Mesmo sem sintomas, a reposição hormonal é mandatória, pois os riscos de doenças graves são muito maiores”.

A ginecologista encerrou a entrevista incentivando as mulheres a buscarem informação confiável e acompanhamento médico regular. “Não escute sua vizinha ou alguém sem conhecimento. Confie em um médico de confiança para um tratamento seguro e adequado às suas necessidades”, aconselhou. Dra. Suyanne ainda destacou que o acesso à informação é um aliado, mas que as redes sociais devem ser usadas com cuidado para evitar decisões equivocadas.