Meteorologista alerta para baixa umidade e prevê possibilidade de chuvas nos próximos dias

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O meteorologista Mário de Miranda explicou em detalhes as condições climáticas atuais na região, começando pela temperatura e umidade do ar. “Vamos arredondar: 23,8 graus e a umidade do ar neste instante está em 73,4%. Então, são condições boas, agradáveis. Aliás, durante este mês, a partir do dia 10, tivemos vários dias amanhecendo com essa nebulosidade. E essas nuvens bloqueiam a radiação solar até mais ou menos 9 horas, 10 horas, e só depois é que começam a desaparecer. Em alguns dias, como antes de ontem e ontem, a nebulosidade durou mais tempo”, relatou.

Miranda também destacou a estabilidade atmosférica que a região vem apresentando, mas chamou a atenção para um possível indicativo de chuvas. “Uma coisa importante para a nossa região é que estamos com uma condição de estabilidade, mas se você olhar para o céu agora, vai ver algumas nuvens lá em cima. Isso mostra que já pode haver uma preparação para uma possível ocorrência de chuva nos próximos dias. Não estou dizendo que vai chover, mas isso aí já é um indicativo. Essas nuvens estão acima de 6 mil metros de altitude, o que já indica uma certa possibilidade de precipitação”, afirmou.

Falando sobre a umidade do ar, o meteorologista relembrou os índices recentes e suas implicações. “Neste mês, o dia com a menor umidade foi o dia 1º de setembro, com 15,2%. Desde então, essa umidade está se mantendo acima de 20%, o que é comum nessa época do ano. No mês de agosto, a menor umidade registrada foi de 16,6%, e em julho, foi de 26,2%. Em média, a umidade tem ficado um pouco abaixo de 30%, o que é perfeitamente normal para essa época. Mas quando chegarmos ao final de outubro e início de novembro, especialmente se não houver chuva, teremos umidade ainda mais baixa, o que é preocupante, que pode ser do dia 20 de outubro a 10 de novembro.”

Mário de Miranda ainda chamou a atenção para os efeitos adversos da baixa umidade do ar, especialmente entre outubro e novembro, quando os índices tendem a cair ainda mais. “Quando a umidade do ar baixa para menos de 30%, algumas pessoas já começam a sentir os efeitos. Quem tem problemas como catarata ou sensibilidade no nariz, por exemplo, pode sofrer com sangramentos. Quando a umidade é baixa, dificulta a respiração. Inclusive, disse isso na última vez que participei de um programa: as pessoas podem fazer uma experiência. Quando a umidade está muito baixa e você respira, a sensação não é agradável, não é aquele ar puro que satisfaz. Já logo após uma chuva, quando você puxa o ar, é um negócio extremamente gostoso para a nossa saúde”, comparou o meteorologista.

Ele também fez referência a diretrizes da Organização Meteorológica Mundial e da Organização Mundial da Saúde, que recomendam que a umidade do ar ideal seja mantida entre 30% e 60%. “Abaixo de 30%, já começamos a ter problemas respiratórios, ressecamento de pele, rachaduras nos lábios e até complicações mais sérias. A maior preocupação é com crianças e idosos, que precisam de mais atenção nessa época. Idosos muitas vezes esquecem de tomar água, e as crianças, quando brincam ao ar livre, também se expõem mais.”

Miranda ainda comentou um episódio de umidade extrema registrado em setembro de 2023. “No dia 25 de setembro de 2023, a umidade em Petrolina chegou a 10%, e eu vi muitas pessoas fazendo exercícios ao ar livre na tarde daquele dia. A umidade ficou baixa desde o meio-dia até às 9 horas da noite. Quando a umidade do ar está baixa, há menos oxigênio e hidrogênio, o que é ruim para a nossa respiração e para todos os seres vivos, inclusive as plantas”, disse.

Ele finalizou sua análise com orientações de cuidados, especialmente em relação à hidratação. “É importante que as pessoas usem soro fisiológico para os olhos e narinas e que não deixem de consumir água com frequência. A Organização Mundial da Saúde recomenda aumentar o consumo de água durante períodos de baixa umidade. Isso é crucial, especialmente para idosos e crianças, que são mais vulneráveis. Outra coisa importante: evitar exposição direta ao sol durante esses dias, pois a baixa umidade permite que os raios solares queimem a pele com mais facilidade”, alertou.

Miranda concluiu: “Devemos ter cuidado e tomar essas precauções para minimizar os impactos da baixa umidade do ar, que pode trazer sérios problemas para nossa saúde, especialmente em nossa região.”