Eleito em 2016 com o apoio do governador, Paulo Câmara, Miguel Coelho não cospe no prato que comeu. Mas não perde a chance de alfinetar os rumos que o PSB tomou após a sua saída. A legenda que no passado teve o prefeito de Petrolina e os três vereadores mais votados da Câmara Municipal, agora corre o risco de nem mesmo lançar uma chapa proporcional.
Quando questionado se faria falta a aliança com Câmara neste pleito, Coelho evita usar o fiel da balança. “É difícil relatar uma situação de apoio e não apoio, até porque cada cidade tem uma dinâmica eleitoral e política muito próprias e Petrolina é uma cidade bastante politizada que respira muito esse debate, não só em eleição. (…) Desejo sorte ao PSB, agora, o que a gente percebe é que o PSB definhou aqui em Petrolina. Saiu de ter o prefeito e não vai ter nada, não vai ter candidato a prefeito, nem candidato a vereador vai ter. Não estou querendo chorar as pitangas pelos outros, mas o PSB tinha uma história de ter um espaço no legislativo e que graças a essa nova geração que está no PSB, o partido se acabou em Petrolina nas eleições municipais”, analisou.
Formando frente
Porém, ao discorrer sobre o tema, o prefeito pondera que as alianças formadas em torno da sua candidatura tem um peso importante. “A gente fez uma ampla frente política em 2016 tínhamos 13, 14 partidos e mantemos porque o PSB saiu mas entrou o MDB, que não estava conosco na eleição passada. Então esse vai e vem, essas idas e vindas são naturais do processo democrático, até porque estou atrás de mais apoios, mais partidos”.
E fazendo valer a máxima da política que diz que apoio não se nega, Miguel Coelho garante aceitar até mesmo integrantes do seu antigo partido. “Já que o PSB não tem candidato, quem sabe a gente pode pegar os que estão descrentes. Até porque Gonzaga já disse que vai apoiar o candidato do PT, boa sorte também, mas com todo respeito a Gonzaguinha, eu vou atrás das lideranças dele agora para ajudar o Galeguinho a construir essa ampla frente aqui em Petrolina”.
