Miguel sanciona Lei que assegura municipalização do saneamento em Petrolina: “Não dava para esperar mais”

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Cada vez mais avançando para tornar-se realidade, o processo de municipalização do saneamento em Petrolina deu mais um passo na manhã desta segunda-feira (06). Foi sancionado pelo prefeito, Miguel Coelho, o projeto de Lei aprovado na Câmara Municipal de Petrolina que autoriza a criação da Companhia de Saneamento e Abastecimento de Águas do Sertão (SAAS). Comemorando o momento histórico, o presidente da Agência Reguladora do Município de Petrolina, Rubem Franca fez um resgate de todo o processo, destacando as chances ofertadas à Compesa, atual operadora do sistema.

“Em 2003, o então prefeito Fernando Bezerra Coelho, a gente tentou fazer essa municipalização, criamos a empresa águas de Petrolina. As coisas mudaram de rumo, demos uma chance à Compesa para que ela fizesse o plano de metas e ela não fez. Agora está na hora do prefeito, corajoso, retomar esse serviço para gente, para dentro de casa. A gente precisa colocar água tratada em todos os projetos, terminar o saneamento de toda essa área urbana de Petrolina e precisa matar a sede do sertanejo que ainda toma água bruta. Então essa é a hora. Estamos trilhando por outro lugar, municipalizando, criando uma empresa de Saneamento e Águas do Sertão e municipalizando, portanto, definitivamente, os serviços de água e esgoto dessa cidade e dando dignidade a essa população”, declarou Franca.

Em 2018, dois anos após assumir sua primeira gestão, Miguel Coelho reacendeu a expectativa da população quanto ao encerramento das atividades da Companhia Pernambucana de Saneamento em Petrolina. O contrato com a estatal foi rompido antes disso, em 2012, entretanto, após várias tentativas de estabelecer novas metas de investimento, o gestor resolveu retomar a concessão e uma nova queda de braço iniciou.

“O processo começou em 2018 quando a prefeitura buscou fazer um novo contrato de concessão, uma nova licitação. Sempre às véspera, a Compesa conseguia, de uma forma sorrateira vamos assim dizer, criar subterfúgios para que a prefeitura não conseguisse ter êxito nessas novas licitações. Passaram dois anos onde a gente tentou fazer três licitações, para fazer a nova concessão, a gente resolveu tomar uma atitude mais ousada. A gente sabe da responsabilidade, do que a empresa representa, a Companhia de Saneamento e Águas do Sertão, mas também é algo que não dava para esperar mais”, relatou.

Ciente da receita arrecadada no município, Coelho assegura que vai proporcionar mais qualidade nos serviços operados pela Compesa. “Ou seja, todo tempo de história que Petrolina já vem vivenciando os transtornos da Compesa, mas também seja pelo que a gente quer cumprir daqui para frente dando mais dignidade, qualidade de vida, não só nas áreas que hoje já tem o serviço mas não tem a manutenção… Vocês da imprensa bem sabem que todo dia tem a reclamação de uma rua que é quebrada pela Compesa ou sobre a manutenção que não é feita, a cidade ainda tem tubulação de amianto que já deveria ser sido 100% trocada como diz a Lei federal, mas a Compesa também não faz. E a gente sabe do potencial que tem essa empresa. Porque o sistema é da prefeitura, é da cidade de Petrolina e é um sistema que remunera a Compesa em R$ 150 milhões em média por ano e a Compesa não chega investir nem 10%, nem 15% disso. Então é por isso que a gente fica vivenciando essas dificuldades que vocês conhecem”, reforçou.