Ministério da Saúde recomenda quarta dose para idosos com mais de 80 anos

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O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (23/3) a recomendação da segunda dose de reforço contra a covid-19, também conhecida como quarta dose, para idosos com mais de 80 anos. A antecipação da medida por alguns estados, como São Paulo e Amazonas, foi criticada pelo ministro Marcelo Queiroga. A estimativa da pasta é de que 4,6 milhões de idosos sejam imunizados.

O Brasil registrou, desde o início da pandemia, 657.998 mortes de covid-19, segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje (23) pelo Ministério da Saúde. O número total de casos confirmados da doença é 29.729.991.
Em 24 horas, foram registrados 47.376 casos. No mesmo período, foram confirmadas 302 mortes de vítimas do vírus.

A aplicação desta quarta dose deve ser feita quatro meses após o primeiro reforço (terceira dose). Outra orientação da pasta é que o segundo reforço seja feito, preferencialmente, com a vacina da Pfizer. A pasta avisa que já há vacinas da Pfizer suficientes para aplicação neste grupo. 

As vacinas da Janssen e da AstraZeneca “também podem ser utilizadas, independentemente do imunizante anterior”, diz nota do Ministério da Saúde.

Anteriormente, a quarta dose só era indicada pela pasta para pessoas imunocomprometidas com mais de 18 anos. A ampliação do grupo que receberá o segundo reforço da covid-19 foi discutida pelos especialistas da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI).

Estes consideraram a redução da efetividade das vacinas da covid-19 entre as faixas etárias mais avançadas para recomendar a quarta dose para este grupo. “A diminuição da efetividade das vacinas em idosos, a partir de 3 a 4 meses depois da aplicação, pode ser explicada pelo envelhecimento natural do sistema imunológico, o que exige uma estratégia diferenciada para a proteção desse grupo”, explicou o ministério. 

A necessidade da aplicação da quarta dose da vacina da covid-19 em outras faixas etárias é acompanhada pela pasta “e as recomendações podem ser revistas a qualquer momento”, diz a Saúde.

(Correio Braziliense)