Três dos quatro suspeitos de envolvimento no assassinato da professora Élida Márcia de Oliveira, de 32 anos, ocorrido no bairro Alto do Alencar, em Juazeiro (BA), foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPBA). Conforme informações do órgão, a denúncia foi encaminhada para a Justiça ontem (2).
Élida foi atingida com cerca de cinco tiros quando estava dentro do carro, com o marido e a filha de 2 anos, a caminho do trabalho, na manhã do dia 20 de fevereiro. Na ocasião, o homem ficou ferido com os estilhaços do vidro do veículo e a criança não teve ferimentos.
A polícia aponta que Élida foi vítima de execução. Conforme as investigações, os principais suspeitos de serem os mandantes do crime são a ex do companheiro da vítima e o pai da suspeita. Além de pai e filha, dois homens são suspeitos de executarem o crime. Um pilotava a moto utilizada no dia em que a professora foi morta e o outro efetuou os disparos.
Sobre a denúncia encaminhada à Justiça, o MPBA informou que foram denunciados Railton Mendes da Silva, que dirigia a moto no dia do crime; Edvan Constantino de Morais, suspeito de ser o mandante do assassinato; e Edvânia Pereira de Moraes, que é filha de Edvan e ex-namorada do marido da professora Élida. Segundo as investigações, Edvânia não se conformava com o fim do relacionamento e teria planejado a morte de Élida. Railton e Edvan estão presos.
De acordo com a Polícia Civil (PC), o motociclista confessou ter conduzido a moto usada no dia da execução e reconheceu Edivan como mandante.
O MPBA informou que Edvânia não está presa, mas vai responder ao processo também como mandante do crime. Todos os denunciados devem responder por homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.
Maicon Neves dos Santos, apontado como autor dos disparos que mataram a professora, ainda está foragido.
Manifestação
No último sábado (30/03), familiares e amigos de Élida Márcia fizeram uma manifestação pelas principais ruas da cidade e reforçaram pedido de justiça no caso. A mãe da vítima, Maria da Paixão Oliveira, fez um apelo emocionado. “Pelo amor de Deus, é uma mãe que está pedindo. Você não precisa se identificar, denuncie essa pessoa. Me ajude, porque eu estou morta. Ninguém tem direito de tirar a vida de outra. Era uma pessoa que tinha amor pelo trabalho dela“, lamentou. (fonte: G1 BA)