A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, cumpre agenda oficial nesta sexta-feira (11) em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, onde lançou oficialmente o programa “Mais Ciência na Escola”. A iniciativa, realizada em parceria com o CNPq e coordenada regionalmente pelo IF Sertão-PE, busca aproximar estudantes da rede pública das novas tecnologias e da chamada “cultura maker”, com laboratórios voltados para robótica, impressoras 3D, microeletrônica e letramento digital.
A programação começou às 8h, com a inauguração do LabMaker na Escola Paulo Freire, e seguiu às 10h no campus do IF Sertão, no bairro João de Deus, com a cerimônia de lançamento do programa. Ainda hoje, a ministra segue para Juazeiro (BA), onde também participa da inauguração de outro laboratório na Escola Codefas.
Em entrevista ao programa Nossa Voz, da Rádio Grande Rio, Luciana destacou a importância do projeto para a juventude do interior do país:
“É um prazer poder estar mais uma vez em Petrolina podendo anunciar um programa que eu penso que tem um impacto muito importante na formação da juventude. Porque possibilita que a juventude tenha, desde cedo, contato com essa nova economia, das novas ferramentas tecnológicas que fazem parte dessa agenda de desenvolvimento que o Brasil está liderando com o presidente Lula, da Nova Indústria Brasil. E os estudantes precisam ter contato com a robótica, com a microeletrônica, com a impressora 3D, que são instrumentos decisivos hoje da nova economia no Brasil e no mundo.”
O programa é voltado para escolas públicas que trabalham em tempo integral. A proposta é ocupar o contraturno com atividades práticas e científicas. A escolha do Vale do São Francisco como ponto de partida do programa se deu, segundo a ministra, por mérito do IF Sertão na chamada pública:
“Quando fizemos o edital da chamada pública, o Instituto Federal do Sertão foi contemplado. Então, a gente pode vir ao Vale do São Francisco para anunciar um conjunto de cidades que foram contempladas. São 75 escolas em municípios como Afogados da Ingazeira, Carnaíba, Tabira, Triunfo, Salgueiro, São José do Belmonte, Afrânio, Lagoa Grande, Cabrobó, Floresta, Belém do São Francisco, entre outros. É um prazer estar aqui na minha terra, em Pernambuco, podendo anunciar algo que impacta na formação da nossa juventude.”
Ao ser questionada sobre a continuidade e a manutenção das ações, a ministra garantiu que o programa vai além da entrega de equipamentos:
“O projeto, além dos equipamentos, tem como pressuposto a formação também de monitores, que são os próprios estudantes, para dar suporte e orientar. Todos recebem uma bolsa, exatamente para garantir atenção adequada. Cada escola tem um professor responsável e dez monitores, todos bolsistas. O objetivo é garantir orientação adequada para tirar o máximo proveito dos laboratórios.”
Luciana também explicou como o Ministério estabeleceu a parceria técnica com o IF Sertão, que será o operador do programa na região:
“Desde a chamada pública, firmamos um contrato com o IF Sertão, que será o depositário do programa e responsável pela gestão. Já temos esse modelo em várias regiões do Brasil. Além disso, contamos com parcerias com instituições como a Universidade Federal Rural de Pernambuco, a UPE, a Univasf, a Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central e o Sebrae. Porque esse programa precisa dialogar com a vocação econômica de cada região. Aqui, no Vale do São Francisco, a vocação é claramente o agronegócio, com valor agregado nas exportações de frutas. Então, essa sinergia é essencial.”
Segundo a ministra, as tecnologias aplicadas nos laboratórios possuem caráter transversal, podendo se integrar a diversos arranjos produtivos:
“São tecnologias que conversam com qualquer setor produtivo, porque falamos de microeletrônica, robótica… E isso está presente em todo lugar. A escola precisa ser esse ambiente de estímulo ao conhecimento e à curiosidade. Nosso programa busca exatamente isso: despertar o interesse dos jovens para essa nova economia.”