Mais de 20 anos depois de ter sido vista pela última vez na natureza, a Ararinha Azul – ave nativa da Caatinga do Nordeste brasileiro, voltará a voar no céu do Sertão do São Francisco, em Curaçá, no norte da Bahia, no dia 11 de junho.
Desde a ameaça de extinção, grupos de pesquisadores e organizações conservacionistas do Brasil e de outras partes do mundo vêm trabalhando para reintroduzir a Ararinha ao seu lugar de origem.
Em março de 2020, 52 ararinhas-azuis (49 oriundas da ACTP Alemanha e três do Zoológico Pairi Daiza na Bélgica) chegaram em Curaçá, onde estão sendo preparadas para viverem livres na natureza. Para o Diretor do Projeto Bluesky Caatinga, Ugo Vercillo, a soltura do dia 11 de junho marcará um fato histórico para a preservação da biodiversidade brasileira.
“Depois de décadas de trabalho para a recuperação da espécie, as ararinhas serão reintroduzidas no ambiente natural, em Curaçá. Esta será a primeira de várias solturas programadas para os próximos anos. A ideia é monitorar até que a gente veja que a população está estável, está se reproduzindo e teremos de volta uma das espécies mais ameaçadas do mundo”, destaca o biólogo.