Em entrevista ao programa Nossa Voz, nesta quinta-feira (29), moradores do bairro João de Deus em Petrolina reclamaram da insatisfação com a falta de atendimento e outras demandas na Unidade Básica de Saúde, Josefa Bispo. A população está encontrando dificuldades para conseguir atendimento.
O presidente da associação comunitária de moradores do bairro, Carlos enfermeiro, apresentou algumas queixas dos comunitários. “São muitas demandas, e o que revolta e deixa a população indignada é a saúde, temos uma moradora que se encontra de cama porque sofreu um AVC, está há um mês precisando trocar sua receita, pois faz uso de medicamentos controlados, mandam ela para outro posto de saúde, chegando lá dizem que ela não é da área, ai ela volta para o do bairro. A médica diz que quem vai trocar a receita pois é o profissional de outra área, mas qual médico, se nessa área de atendimento só tem ela? Porque a médica diz que não é ela e diz que não é obrigada a dar receita?”, disse.
“Secretária, venha pro posto de saúde ouvir as demandas da comunidade, o povo aqui não morde não, o que a agente pede é que a Secretaria de Saúde cuide das pessoas. Tem uma senhora precisando de psicóloga agendou 3 vezes e não tem profissional, mulheres precisando de exame preventivo e não tem material, pessoas precisando de atendimento em casa, ninguém aparece, tem o programa Petrolina Cuida, vamos cuidar mais do povo do João de Deus”, destacou.
Maria Aparecida, moradora da rua 64 fez seu relato. “Estou doente, problemas menstruais, mas só vou ser atendida em outubro, tenho pressão alta, fui informada que a médica não é da minha área, da 64, se mas é uma comunidade só, hoje vou ficar aqui aguardando para ver se serei atendida, esperar por uma triagem’, disse.
Maria Venaide, precisa de uma receita pois toma remédios controlados, fez agendamento para ser atendida e dessa forma conseguir a receita azul. “Estava com consulta agendada, moro na rua 13, a médica da área disse que não tem condições de me dar a receita azul, aqui falta médico, e a médica disse que não tem obrigação de dar receita. A demeada aqui é grande, o médico passou 20 dias aqui, desde o dia 17 que aguardo para trocar a receita e não consigo, tenho medicamentos porque peguei emprestado com uma colega para não faltar, pois só compra com receita”, pontuou.
Rosineide Feitosa veio até a unidade de saúde para conseguir acompanhamo domiciliar para a mãe, de 85 anos de idade, que está acamada, no município existe esse tipo de atendimento pela Secretaria Municipal de Saúde. “Não consigo atendimento para minha mãe, ela teve AVC dia 14 e está comigo desde o dia 17 sem médico e precisa desse acompanhamento médico domiciliar. Tem pressão alta, diabetes e se encontra acamada precisando de atendimento em casa e não tem médico no posto para realizar esse tipo de serviço”, contou
A moradora Maria Terezinha também busca por atendimento. “Preciso de um psicologo e só dizem que o profissional não está no local, marcaram para hoje e remarcaram para quinta-feira(05), só Deus na nossa causa, está faltando reconciabilidade dos médicos”, destacou.
Moradora há 4 anos do bairro João de Deus, Lucicleide Rodrigues disse que na área dela não tem nem agente de saúde. “Nunca vi agente de saúde bater na minha casa, vim aqui para ver se consigo atendimento, eu trabalho e estou faltando ao emprego, quando chego aqui elas dizem que vão ver se a enfermeira vai atender, e me mandam para outra unidade”, contou.
A produção do Nossa Voz entrou em contato com a Secretaria de Saúde para saber como será resolvida essa situação.
(Por: Iara Bispo/ Nossa Voz)