Moradores do bairro Santa Luzia reclamam de poeira e mau cheiro causados por descarte de entulhos próximo ao Parque do Povo

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Moradores da Rua 7, no bairro Santa Luzia, em Petrolina, denunciam transtornos causados pelo descarte de entulhos e resíduos na área usada como ponto de transbordo do lixo da cidade, localizada ao lado do Parque do Povo. Segundo eles, a poeira excessiva e o mau cheiro se tornaram parte da rotina e comprometem a qualidade de vida.

Sérgio Silva, morador da comunidade há cerca de oito anos, relata que os problemas começaram desde que se mudou para o local.
“Esse acúmulo de lixo é constante. Sei que estou no lugar errado, mas existe uma lei federal que não permite mais lixo dentro das cidades. Mesmo assim, tudo é depositado aqui antes de seguir para o centro de tratamento próximo de Afrânio”, disse.

De acordo com ele, o transbordo de resíduos de diversas naturezas, incluindo material recolhido em toda a cidade, gera grande quantidade de poeira, que invade as casas diariamente.“Minha esposa só consegue lavar roupa à noite. Se fizer durante o dia, tem que lavar tudo de novo, porque a sujeira entra direto”, contou.

O mau cheiro também é alvo de reclamações constantes. Sérgio afirma que a intensidade varia conforme o vento, mas já se tornou rotina para quem frequenta o Parque do Povo. “É frequente você fazer uma caminhada e sentir o fedor de lixo. O descarregamento dos caminhões fica a menos de 50 metros do parque. Idosos caminhando, crianças pedalando. Que qualidade de vida essas pessoas vão ter?”, questionou.

Os moradores afirmam que já procuraram soluções junto à prefeitura e aos responsáveis pelo ponto de descarte, mas, segundo Sérgio, não houve avanço. “Fui atrás do responsável no lixão e disseram que iam jogar um caminhão-pipa para diminuir a poeira. Mas o caminhão não sobe aquela montanha de entulhos. Só o trator de esteira sobe, e ele só aumenta a altura do aterro”, relatou.

Para o morador, seria necessário um procedimento mais eficiente. “Acho que deveriam jogar água com mangueiras antes de revirar o entulho. E o descarte precisava ser em um lugar mais afastado da cidade. Assim, o transbordo não prejudicaria tanto a população”, sugeriu.

Os moradores aguardam providências que garantam condições ambientais e de saúde mais adequadas. Até a publicação desta matéria, a prefeitura não havia se manifestado.