Esgoto estourado e falta de pavimentação no Loteamento Nossa Senhora de Fátima, em Petrolina, Pernambuco, tem causado transtornos e prejuízos aos moradores da região. A Rua 91, em particular, é um dos pontos mais críticos, com alagamentos frequentes, mau cheiro e proliferação de mosquitos.
José Ireneu, morador da Rua 91 há 15 anos, relata a situação precária:
“Peço para a prefeitura ou Compesa para vir fazer a desobstrução da rede de esgoto. Sabe aqui tem um clube que a mulher está tendo prejuízo, ela não pode alugar o seu Clube de Lazer pras pessoas porque virou uma lagoa de esgoto. A gente não tinha esse saneamento básico, vieram colocar umas redes, só que a gente não tem a manutenção. Sabemos que quando chove a gente tem que invadir as nossas residências, aqui é um local que vira mar quando chove. Nenhuma medida é tomada nesse lugar”.
A falta de saneamento básico também afeta a saúde dos moradores:
“Desde fevereiro que eu cobro a desobstrução dessa poça, já é março e a gente esta sofrendo sem poder sair. A gente já sofre com a chuva. Eu peço a atenção de vocês, venham não só ouvir pelo nosso ouvir falado Nossa Senhora de Fátima, mas que vocês venham fazer algo que a gente estamos precisando. É o que eu peço a vocês autoridades, tem um olhar para essa comunidade.”
Outro morador, Edson, que reside no local há 4 anos, relata as dificuldades de acesso à rua:
“Não tem jeito de viver nessa situação, para poder passar para ir a nossas casas tem que dar volta por trás. Porque pela frente a gente não consegue entrar. A gente sofre até ir pra igreja com o carro, não entra aqui. Tem poça na rua, vários lugares, cancela por causa disso.”
Os moradores pedem providências urgentes das autoridades para resolver a situação precária do Loteamento Nossa Senhora de Fátima.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Petrolina, que informou “A Secretaria de Infraestrutura esclarece que, a responsabilidade de resolver os problemas estruturais do Loteamento Nossa Senhora de Fatima é do incorporador do empreendimento, processo esse que corre junto ao Ministério Público do Estado, onde foi identificado o descumprimento legal das normas de implantação do empreendimento por parte da construção. A drenagem não foi executada, bem como o saneamento. A secretaria salienta que está participando do processo disponibilizando toda as informações técnicas, bem como cobrando a brevidade na solução. A Secretaria ressalta ainda que, a falta de saneamento básico é devido a não instalação da rede pela incorporadora, da qual, levou a Compesa a não receber e operar a área em questão, não sendo do município a responsabilidade”.
Também, procuramos a Compesa para solicitar um posicionamento sobre o problema, mas não obteve resposta até o momento.