A escassez de água no Projeto N8, zona rural de Petrolina, tem gerado indignação e mobilizado a comunidade, que denuncia estar há mais de 15 dias sem abastecimento regular. Moradores relatam dificuldades extremas para garantir o consumo básico e apelam por providências urgentes.
Durante o programa Nossa Voz, da Rádio Grande Rio FM, o agricultor José Tavares fez um desabafo emocionado ao vivo:
“Aqui o cabra não pode pegar um copo de água. Ontem perdi o dia de trabalho só para carregar um balde de água e poder cozinhar, dar de beber aos filhos. Nós estamos morrendo de sede”, disse.
Situação no distrito de irrigação
O problema foi causado por uma inundação na estação principal de bombeamento do Distrito de Irrigação Nilo Coelho (DINC), localizada no dique B da barragem de Sobradinho. O equipamento é responsável por captar e impulsionar a água que abastece toda a rede de canais e reservatórios do perímetro irrigado. Desde então, a produção agrícola e o abastecimento humano vêm sendo comprometidos.
Apesar de comunicados enviados aos produtores, ainda não há previsão definitiva para o restabelecimento do sistema. Enquanto isso, a alternativa emergencial tem sido o envio de carros-pipa, medida considerada insuficiente pelos moradores.
Pronunciamento político
O vereador Ronaldo Silva também participou do programa e afirmou que tem acompanhado a situação. Segundo ele, após contato com o gabinete da governadora Raquel Lyra , foi autorizada a distribuição de caminhões-pipa para amenizar os efeitos da crise:
“No sábado, a governadora autorizou o envio de veículos para abastecer as vilas. Ontem, mais de oito carros-pipa foram encaminhados para o Projeto N7. Estamos trabalhando para dar apoio aos moradores até que o problema seja resolvido”, disse o parlamentar.
Urgência no abastecimento
A população, no entanto, pede soluções mais rápidas e estruturais. “Não é para amanhã, é para hoje. Falta de água é coisa séria”, reforçou o apresentador do Nossa Voz.
Enquanto o conserto definitivo da bomba não acontece, os moradores seguem cobrando mais agilidade do DINC e das autoridades estaduais para garantir, ao menos, o abastecimento humano imediato.