Na manhã desta terça-feira (23), moradores e comerciantes do bairro Piranga, em Juazeiro, realizaram uma manifestação pacífica na BR-235. O objetivo do protesto é pressionar as autoridades por uma revisão do projeto da obra de duplicação da rodovia, que, segundo os manifestantes, está causando diversos transtornos à comunidade local.
Os principais problemas apontados pelos moradores são o isolamento do bairro, a falta de acesso à rotatória que leva ao Mercado do Produtor e à saída para Salvador, e a ausência de iluminação pública adequada. Além disso, a obra teria inviabilizado o acesso à antiga Estrada da Marginal, prejudicando o comércio local.
“Essa bifurcação dá acesso à rodoviária, ao mercado produtor, a Salvador e à Marginal. Era a passagem correta, mas ficou inviável. De cada 100 carros que passam ali, apenas um usa a Marginal”, explica Nilton Sales, um dos moradores do bairro.
“Os comerciantes estão impossibilitados de trabalhar, não tem segurança à noite, não tem ponto de ônibus em uma das vias. É um projeto capenga que precisa ser revisto”, completa.
Falta de segurança e infraestrutura precária são as principais preocupações
Além dos transtornos no trânsito, a comunidade teme pela segurança, principalmente durante a noite, quando a região fica sem iluminação pública. “É um breu total, assaltos acontecem a todo momento”, relata um dos manifestantes.
Outro problema grave é a falta de travessias para pedestres. “As escolas aqui ficam ao lado da avenida, e as crianças precisam atravessar para chegar às aulas. É um perigo enorme”, denuncia um morador.
Moradores pedem revisão do projeto e soluções para os problemas
Os manifestantes exigem uma revisão do projeto da BR-235, que leve em consideração as necessidades da comunidade local. “Pedimos que as autoridades competentes tomem uma posição e revisem esse projeto que não atende às necessidades da população”, afirma Nilton Sales.
Além da revisão do projeto, os moradores também pedem soluções para os problemas imediatos, como a instalação de iluminação pública, a construção de pontos de ônibus e a criação de travessias para pedestres.
Aguardando posicionamento do DNIT
A equipe de reportagem do Nossa Voz tentou contato com o DNIT para saber como ficará a situação dos comerciantes que estão sendo prejudicados por conta da obra, em relação à altura, e quando a obra está prevista para ser finalizada. No entanto, até o momento, não obteve retorno.