O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) afirmou, hoje, que fez um “gesto em prol da união” quando deu um “passo para trás” e anunciou que desistia da pré-candidatura à Presidência da República. As informações são do portal G1.
De acordo com ele, o movimento foi uma busca pela construção de consenso com os demais partidos que visam lançar um nome único ao Planalto representando a chamada “terceira via”.
Moro disse ainda que decidirá mais “adiante” se disputará as eleições deste ano e afirmou que respeita a escolha do deputado Luciano Bivar como pré-candidato do União Brasil à Presidência.
“Todos estavam sendo cobrados para fazer um gesto em prol de uma união, e eu fiz esse gesto. Na verdade, o grande problema de a gente ter essa unificação é porque ninguém se colocava numa posição de ‘tá, eu vou aceitar construir e não preciso ter o protagonismo aqui necessário’. Eu fiz isso, eu dei o passo para trás, mas com o objetivo de a gente conseguir construir algo forte para vencer a polarização”, afirmou Moro em entrevista ao portal UOL e ao jornal “Folha de São Paulo”.
No final de março, o ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, que chegou a ser lançado pelo Podemos como pré-candidato à Presidência, trocou o partido pela União Brasil. A cúpula do União Brasil, no entanto, exigiu que ele desistisse da pré-candidatura e lançou o deputado Luciano Bivar.
Atualmente, MDB, PSDB, União Brasil e Cidadania estudam uma aglutinação em torno de um único candidato à Presidência, mas ainda não há um acordo. Estava prevista para esta noite um jantar com os representantes dos partidos para discutir o tema, mas o encontro acabou cancelado. “Preferi fazer essa opção para tentar construir dentro do União uma alternativa que pode ser meu nome, pode ser algum outro nome, pode ser alguém fora do partido, já que existe essa discussão, para a gente conseguir avançar. O objetivo principal é vencer essa polarização”, afirmou.
Ele afirmou ainda que ninguém chega em um partido dizendo que é “o rei da cocada preta” e que a candidatura deve ser construída. “O partido escolheu o Luciano Bivar e essa decisão tem que ser respeitada”, ressaltou.