Morte de adolescente não foi causada por vacina, conclui Ministério da Saúde

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Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante entrevista coletiva após reunião do Comitê Nacional de Enfrentamento à Pandemia de Covid-19. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A morte de uma adolescente em São Paulo oito dias após receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 não teve relação com o imunizante. Investigação feita pelo Ministério da Saúde concluiu que a causa da morte foi a um distúrbio chamado púrpura trombocitopênica trombótica (PTT), que denomina a formação de pequenos coágulos por todo o corpo que bloqueiam o fluxo sanguíneos.

Essa informação foi divulgada inicialmente na manhã desta segunda-feira (20/9) pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. O relatório do ministério ainda vai ser tornado público. A vítima foi vacinada com a Pfizer, único produto autorizado no Brasil para o público entre 12 e 17 anos.

Na semana passada, em função desta ocorrência fatal, a pasta recomendou a suspensão da vacinação contra a Covid-19 em adolescentes sem comorbidade. A medida gerou uma reação em cadeia entre órgãos estaduais e municipais, que decidiram não seguir a recomendação por falta de comprovação do vínculo entre o óbito e a imunização. Na Bahia, a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) recomendou a reinclusão dos menores de idade na imunização.

À colunista da Folha, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sustentou que ainda não pode se descartar integralmente a relação da síndrome auto-imune com a vacina. “Apenas não temos casos como este descritos na literatura médica. Não sabemos se será um caso único ou se outros podem aparecer”, disse.