A categoria de mototaxistas de Petrolina está buscando um reajuste no valor aplicado atualmente em corridas pela cidade. De acordo com Bruno Gomes e Frederico Neto, representantes da classe que estiveram nesta terça-feira (13) no programa Nossa Voz, a tarifa atual está em vigência desde 2015 e desde então não houve nenhum reajuste.
“Nós estamos buscando um reajuste de cerca de R$ 1 real para tentar compensar um pouco da defasagem no valor que recebemos hoje nas corridas. Desde 2015 não tivemos reajuste e naquela época o litro da gasolina estava a R$ 2,40. Hoje está impraticável rodar a 5 reais pelo centro da cidade como estamos rodando”, explica Bruno.
Segundo os representantes, a Autarquia Municipal de Mobilidade Urbana (Ammpla) tem sido sensível à categoria e já houve uma reunião proveitosa sobre o assunto, embora ainda não haja uma data para o início da nova prática de preços. “Estamos aguardando o prefeito voltar de viagem para que possamos sentar e, de fato, ver a data em que o reajuste estará vigente. Sabemos que as coisas estão difíceis para todos os trabalhadores, mas também somos trabalhadores, e, por isso, precisamos buscar melhorias. Inclusive melhorias para a própria qualidade do atendimento aos nossos passageiros”, defendeu Frederico.
Tarifas
Atualmente, o preço médio das corridas de mototáxi está entre R$ 5 e 9 reais, a depender da distância do local. À noite, feriados e finais de semana, há um acréscimo de dois reais ao valor final da corrida. “Se tivéssemos realmente que aumentar para compensar a defasagem, seria em torno de R$ 2,50 a R$ 3 reais. Porém, como sabemos das dificuldades que todos estão passando, reivindicamos o aumento de um real em cada corrida. Portanto, uma corrida para bairros centrais, passaria de cinco para seis reais”, explica Bruno.
Denúncias
Durante a entrevista, ouvintes participaram do programa e apoiaram o reajuste do valor praticado, porém, também houve denúncias de que alguns mototaxistas já estão cobrando por por conta própria o valor da corrida com aumento. “Se acontecer isso com qualquer passageiro, ele tem todo o direito de procurar a Ammpla e denunciar. Não estamos aqui contra os nossos colegas de profissão, mas se queremos direitos, temos que andar direito também. Ainda não há uma data para o início deste reajuste, então, as corridas ainda estão utilizando a tabela vigente atualmente”, afirma Frederico.