Neste final de semana, seguindo as orientações repassadas para vacinação de idosos, o marido de Maria do Socorro, moradora do Assentamento São Paulo, foi levado por um acompanhante ao posto montado pela equipe da Secretaria Municipal de Saúde. Lá, de acordo com o relato feito por Maria do Socorro ao Nossa Voz de hoje (15), houve a recusa da equipe em ministrar a dose do imunizante. O motivo alegado foi o comprovante de residência que não estava no nome do idoso.
“Quando olharam o comprovante de residência dele, disseram que não aplicariam a vacina porque estava em meu nome”, explicou.
Indignada, ela falou sobre os riscos aos quais o seu marido está exposto com o adiamento dessa vacinação. “Aí eu pergunto: Sou casada com ele há 41 anos, então se só tem o comprovante no meu nome, Deus me livre ele pegar a doença, meu marido será prejudicado? Se recursaram a aplicar a vacina dele por causa de um comprovante de residência”.
Ainda segundo a agricultora, outras pessoas que receberam a dose do imunizante também nçao tinham o documento no próprio nome. “Eu sei que teve gente aqui da roça que teve o comprovante aprovado em nome do filho e que mostraram por foto e aplicaram a vacina desses idosos. E se morássemos de aluguel sem nada no nosso nome, ficaríamos sem vacina?”
O Nossa Voz entrou em contato com a Secretaria Municipal de Saúde para saber mais detalhes sobre esse critério de triagem, e a secretária-executiva de vigilância em saúde, Marlene Leandro participará do programa desta terça-feira (16) para detalhar o ocorrido, esclarecendo as dúvidas da população.
