Em um debate inspirador no programa Nossa Voz, desta sexta-feira (8), em celebração ao Dia Internacional da Mulher, mulheres à frente de grandes negócios em Petrolina compartilharam suas histórias e perspectivas sobre o empreendedorismo feminino.
O programa destacou o papel fundamental das mulheres no desenvolvimento do país, não apenas como líderes e empresárias, mas também como agentes de mudança, inovação e coragem. Segundo o Sebrae, com base em dados do IBGE, o percentual de empreendedoras em relação ao total de negócios chegou a 34% no Brasil em 2022: são mais de 10 milhões de mulheres donas de seus próprios negócios.
Aline Durando, Primeira-dama e coordenadora do Transforma Petrolina, conectou a luta das mulheres no empreendedorismo com a necessidade de fortalecer o voluntariado e a solidariedade. “Realmente, todos os dias é um teste, a gente tem que provar que consegue. Contudo, as mulheres estão presentes em diversos espaços. A maioria do voluntariado é mulheres, elas tem mais sensibilidade. Esse tempo de cuidado, nós mulheres estamos sempre buscando para ajudar outras mulheres”, afirmou Durando.
A empresária do setor Agro, Lara Secchi, enfatizou a necessidade de as mulheres provarem sua competência diariamente em um ambiente ainda machista. “Nos ganhamos credibilidade e respeito provando a nossa competência. A luta é diária para provar que temos aptidão para determinada atividade. Quando a gente mostra que tem mérito e capacidade para estar ocupando determinada posição, o respeito chega, mas a gente precisa passar por essas etapas. A gente não é obrigada a ser a melhor mãe do mundo, a melhor profissional do mundo. É humanamente impossível. A gente faz o que consegue fazer e também aprendi que a gente não tem que provar nada para ninguém”, disse Secchi.
Durante o debate, a Chefe Geral da Embrapa Semiárido, Maria Auxiliadora Lima, ressaltou o crescimento da participação feminina no mercado de trabalho, impulsionado pela capacidade de se reinventar e buscar conhecimento. “As mulheres são a maioria da população, nós somos mais de 50%. E se a gente tivesse nessa faixa de 50% no comando das empresas? É um espaço forte ainda para ocuparmos. A mulher hoje é mais determinada, tem projetos constantes, é inquieta. Ela está pensando no próximo espaço, não é para correr desenfreadamente, mas é para evoluir como pessoa e profissional,”, defendeu Lima.
Pensando nisso, a produtora e proprietária de Fazenda, Mineia Kazume, aproveitou e compartilhou sua trajetória como mulher à frente da Fazenda, destacando como ter outras mulheres como inspiração foi o que motivou a ganhar esse espaço. “Eu tenho três mulheres que foram referências para mim: minha avó, minha avó centenária e minha mãe. Elas me mostraram que a mulher tem uma divindade dentro dela, que ela consegue fazer muitas coisas ao mesmo tempo e faz tudo bem feito”, disse Kazume.
Ana Costa, cantora e compositora, finalizou celebrando a força da mulher na arte e na cultura, reconhecendo a importância da representatividade feminina em diferentes áreas. “A arte é necessária nas nossas vidas. É tão lindo ver as mulheres que vivem da cultura da arte, que lutam a cada dia por seu espaço”, declarou Costa.
Confira o programa completo: https://www.youtube.com/watch?v=otSfr4CKANQ
